Cometa 3I/ATLAS acelera e muda trajetória perto do Sol

Jack_the_sparow/Shutterstock.com

Agência Espacial Norte-Americana monitora cometa interestelar com velocidade impressionante

O cometa 3I/ATLAS, terceiro objeto interestelar a atravessar o Sistema Solar, acelerou para 244 mil km/h após a aproximação ao Sol em 29 de outubro de 2025.

A NASA confirmou que o cometa 3I/ATLAS, identificado como o terceiro objeto interestelar a atravessar o Sistema Solar, acelerou significativamente após seu ponto mais próximo ao Sol. O evento ocorreu em 29 de outubro de 2025, a 1,4 unidades astronômicas de distância, equivalente a 210 milhões de quilômetros. Essa mudança de velocidade e trajetória ocorre devido à influência gravitacional solar, sem risco de colisão com a Terra.

Detalhes sobre o 3I/ATLAS

Astrônomos detectaram o cometa em 1º de julho de 2025, por meio do telescópio ATLAS no Chile. Sua órbita hiperbólica, com excentricidade superior a 6, indica origem externa ao Sistema Solar e saída permanente após o periélio. A velocidade atual atinge cerca de 244 mil quilômetros por hora, com aproximação à Terra prevista para dezembro, a 1,8 UA ou 270 milhões de quilômetros.

Composição e características do cometa

Observações preliminares revelam composição rica em dióxido de carbono, oito vezes maior que a água na coma, o que desperta interesse científico. O Telescópio Espacial James Webb capturou dados em agosto, confirmando vapores de monóxido de carbono e hidroxila, formados em ambientes frios distantes. Dados do James Webb indicam que a coma do 3I/ATLAS predomina em CO₂, com presença de compostos halogenorgânicos e ausência de ferro ligado a níquel. Essa configuração desafia modelos tradicionais de cometas solares.

Próximos passos e monitoramento

Astrônomos coordenam observações desde novembro de 2025 com telescópios em Chile, Havaí e Austrália. O Hubble registrou imagens em julho, mostrando coma em forma de gota com poeira ejetada. A Agência Espacial Europeia contribuiu com a Mars Express em outubro, coletando dados a 19 milhões de milhas. A missão Juice tentará capturas em novembro usando câmeras e espectrômetros.

Distâncias e encontros futuros

Em novembro, passará por Vênus a 97 milhões de quilômetros. Em março de 2026, aproximar-se-á de Júpiter a 54 milhões de quilômetros, permitindo estudos de interações gravitacionais. Essas distâncias garantem segurança para planetas internos. A órbita hiperbólica exclui captura pela gravidade solar, com trajetória sugerindo ejeção de outra sistema estelar bilhões de anos atrás.

Conclusão

O objeto, com diâmetro estimado em 440 metros a 5,6 quilômetros, exibe atividade estável sem explosões, monitorada desde maio de 2025 por TESS. A campanha inclui missões como Perseverance e Curiosity em Marte, além de Lucy e Psyche. Esses registros aprimoram compreensão de objetos transientes e a composição única, sem ferro níquel, testa hipóteses de evolução cometary, contribuindo para estudos de exoplanetas.

Fonte: www.mixvale.com.br

Fonte: Jack_the_sparow/Shutterstock.com

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