Cometa 3I/ATLAS brilha perto do Sol: brasileiros podem observar em novembro

ATLAS

Fenômeno astronômico oferece oportunidade única de visualização

O cometa interstellar 3I/ATLAS atinge seu periélio em 29 de outubro de 2025, tornando-se visível para os brasileiros a partir de novembro.

Cometa 3I/ATLAS e sua aproximação do Sol

A cometa interstelaire 3I/ATLAS, o terceiro objeto confirmado fora do sistema solar, alcançou seu periélio em 29 de outubro de 2025, às 8h47, em Brasília, a 1,36 unidade astronômica do Sol. Essa aproximação resultou em um aumento significativo de luminosidade devido à sublimacão do gelo em sua composição. Desde julho, astrônomos monitoram o evento, que foi inicialmente detectado pelo telescópio ATLAS no Chile.

Visibilidade para os observadores brasileiros

As condições de visualização da cometa no Brasil dependem de um céu claro e do uso do equipamento adequado, uma vez que a cometa não atingirá luminosidade suficiente para ser vista a olho nu. A magnitude aparente inicial é de aproximadamente 12, exigindo telescópios com abertura mínima de 200 mm. A partir de 3 de novembro, a cometa aparecerá a 9 graus acima do horizonte oriental, com a visibilidade melhorando até 17 de novembro na constelação de Virgem.

Detalhes da trajetória e características

Com um núcleo estimado em 5,6 km de diâmetro, a cometa 3I/ATLAS segue uma trajetória hiperbólica a 221.000 km/h, confirmando sua origem externa. O Réseau international d’alerte aux astéroïdes coordena uma campanha global de acompanhamento entre novembro e janeiro, visando analisar a composição e a trajetória do objeto. Em dezembro, a cometa alcançará uma distância mínima de 1,8 unidades astronômicas da Terra.

Campanhas de observação e novas descobertas

As observações coordenadas ocorrerão de 27 de novembro a 27 de janeiro de 2026, com telescópios no solo e no espaço, incluindo a possibilidade de a sonda Europa Clipper da NASA atravessar a cauda da cometa. Os dados preliminares indicam uma superfície em evolução, com um coma que se torna mais avermelhado ao longo de julho, e os dados do telescópio espacial James Webb revelaram emissões incomuns de níquel em distâncias onde a vaporizaçãode metais comuns não ocorre.

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