Descobertas sobre o cometa interestelar que pode estar mudando de cor
O cometa 3I/ATLAS, descoberto em 2025, pode estar mudando para uma tonalidade esverdeada. Entenda o fenômeno e o que isso significa.
O cometa interestelar 3I/ATLAS, também conhecido como C/2025 N1 (ATLAS), foi descoberto em 1 de julho de 2025, no Chile, e atualmente está passando pelo Sistema Solar em uma trajetória hiperbólica. Observações recentes indicam que ele pode estar adquirindo uma coloração verde, o que é um indicativo da presença de gases voláteis em sua composição.
Mudança de cor e suas causas
A tonalidade esverdeada observada na coma do cometa, que é a nuvem de gás e poeira ao redor do núcleo, resulta de moléculas como o carbono diatômico (C2) que brilham quando ionizadas pela radiação solar. À medida que o cometa se aproxima do Sol, o aumento da temperatura faz com que o gelo em seu núcleo sublime, liberando esses gases. Um estudo da rede ATLAS sugere que o 3I/ATLAS mudou de uma cor mais avermelhada para uma tonalidade que se aproxima do sol, conforme a liberação de mais poeira e gás ocorre.
Observações e incertezas
Entretanto, ainda existem incertezas sobre a mudança de cor, pois diferentes condições de registro, como luz ambiental e equipamentos utilizados, podem influenciar a percepção da cor. Algumas imagens capturadas durante um eclipse lunar total mostraram o cometa em um céu escuro, mas não há um consenso geral entre os astrônomos sobre essas observações. O cometa está se tornando mais ativo à medida que se aproxima do Sol e deve atingir o periélio em 29 de outubro de 2025, a uma distância de cerca de 1,36 a 1,4 unidades astronômicas.
Importância das observações
Observar essas mudanças é crucial para que os cientistas entendam melhor a composição do cometa, incluindo os tipos de gelo presentes e a quantidade de metais e poeira. O 3I/ATLAS, por ser interestelar, pode fornecer pistas valiosas sobre a formação de compostos fora do nosso Sistema Solar. A coloração verde, por exemplo, pode indicar a abundância de certos gases, contribuindo para o nosso conhecimento sobre cometas que vêm de além da Via Láctea.
