O cometa interestelar traz pistas sobre a formação de mundos na Via Láctea
O cometa 3I/ATLAS atinge o periélio nesta quarta-feira, a 204 milhões de km do Sol.
Descoberto em julho deste ano, o cometa interestelar 3I/ATLAS – terceiro grande “turista” vindo de fora do Sistema Solar – é um objeto de altíssima prioridade científica. Nesta quarta-feira (29), o corpo celeste chega a 1,36 unidade astronômica (UA) do Sol, o que equivale a cerca de 204 milhões de km de distância.
O periélio do cometa
Chamado periélio, esse é o ponto mais próximo da estrela na órbita do cometa. O cometa interestelar 3I/ATLAS atinge a menor proximidade com o Sol esta semana. O calor solar transforma gelo em gás, formando coma e cauda de cometas que se aproximam dele. Apesar de intenso, o calor não deve destruir totalmente o 3I/ATLAS devido à distância segura.
Visibilidade e observação
Após o periélio, o cometa vai se afastando do Sol, permanecendo visível no céu mais ou menos até fim de março de 2026. A partir de 3 de novembro, ele poderá ser visto novamente no céu matutino, pouco antes do amanhecer, a 9º acima do horizonte leste, até 17 de novembro, na Constelação de Virgem.
Próximas aproximações
O próximo marco importante será a aproximação com a Terra, prevista para 19 de dezembro, quando ele passará a cerca de 1,80 UA (aproximadamente 269 milhões de km) do planeta. Em março de 2026, o 3I/ATLAS se aproxima de Júpiter, a cerca de 0,36 UA (54 milhões de km), o que poderá alterar levemente sua órbita devido à gravidade do planeta gigante.