Cometa 3I/Atlas revela segredos de sistemas estelares distantes

Sergey Kuznetsov/istock

A trajetória única do cometa interstelar oferece novos insights sobre a formação de outros sistemas

O cometa 3I/Atlas, descoberto em julho de 2025, atravessa o Sistema Solar em uma trajetória hiperbólica, revelando características únicas.

Aos 1 de julho de 2025, o cometa 3I/Atlas foi detectado pelo sistema Atlas, localizado no Chile, e agora atravessa o Sistema Solar a uma velocidade superior a 30 km/s em uma trajetória hiperbólica, confirmando sua origem interstelar. Com um núcleo de aproximadamente 1 km de diâmetro, a cometa apresenta uma concentração elevada de gelo de dióxido de carbono (CO₂), além de vapor d’água e monóxido de carbono. Essas características únicas sugerem que sua formação ocorreu em ambientes de temperatura extremamente baixa. O avistamento mais próximo da Terra será a 270 milhões de quilômetros, sem riscos de impacto.

Características e Composição

Os estudos feitos com telescópios, incluindo o James Webb, revelam a predominância de CO₂ congelada na superfície do cometa, indicando que ele se formou a temperaturas inferiores a -100°C, possivelmente nas regiões externas de outro sistema estelar. Observações diárias são realizadas por telescópios no Havai e na Espanha, enquanto o James Webb captura imagens em infravermelho para mapear a distribuição de materiais no cometa. O aumento da atividade cometária é notado à medida que 3I/Atlas se aproxima do Sol, com um aumento de 20% na taxa de sublimação para cada milhão de quilômetros.

Comparações com Outros Cometas

Diferente de 1I/Oumuamua, que não apresentava atividade cometária, 3I/Atlas tem uma coda gaseificada distinta, e seu conteúdo de CO₂ é superior ao de 2I/Borisov. Essas diferenças ressaltam a diversidade nos processos de formação interstelar, oferecendo dados únicos sobre as condições em sistemas distantes.

Próximos Passos e Observações Futuras

Após o perielio, previsto para as próximas semanas, o cometa deverá acelerar para fora do Sistema Solar, atingindo velocidades superiores a 40 km/s. A passagem pela órbita de Marte está programada para dezembro de 2025. Os dados coletados estão alimentando modelos sobre a evolução química em discos protoplanetários, com a colaboração de mais de 50 instituições em 20 países, destacando a importância de 3I/Atlas para a compreensão da astrofísica moderna.

Fonte: www.mixvale.com.br

Fonte: Sergey Kuznetsov/istock

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