Cometa C/2025 K1 ATLAS sobrevive e exibe tom dourado no céu

Cometa - Sjo/ iStock

Fenômeno astronômico surpreende especialistas após periélio

O cometa C/2025 K1 (ATLAS) sobreviveu ao periélio em 8 de outubro e exibe uma coloração dourada rara no céu.

O cometa C/2025 K1 (ATLAS) resistiu à passagem mais próxima do Sol em 8 de outubro, quando chegou a 50 milhões de quilômetros da estrela. Astrônomos esperavam que o corpo celeste se desintegrasse pela força gravitacional intensa. Imagens registradas no final de outubro mostram o objeto com cauda longa e coloração dourada incomum.
Fotógrafos amadores capturaram o cometa em diferentes locais da Califórnia e do Arizona. O brilho alcançou magnitude 9, equivalente ao de outro cometa ATLAS observado recentemente. O fenômeno ocorre antes do amanhecer, na direção leste.
O cometa foi descoberto em maio pelo sistema ATLAS, financiado pela Nasa. A distância mínima do Sol ficou em 0,33 unidade astronômica. A coloração resulta da baixa presença de moléculas de carbono.
O periélio do C/2025 K1 ocorreu em 8 de outubro. O cometa enfrentou temperaturas extremas e tensão gravitacional quatro vezes maior que a de outros objetos recentes. Especialistas monitoravam o risco de fragmentação total. Astrônomos acompanharam o trajeto por telescópios no Havaí, Chile e África do Sul. A sobrevivência surpreendeu a comunidade científica. O corpo celeste manteve estrutura intacta após o evento.
Imagens de 29 de outubro revelaram o tom dourado predominante. O astrofotógrafo Dan Bartlett registrou o cometa desde June Lake, na Califórnia. Outros observadores confirmaram a mesma tonalidade em regiões próximas. A coma apresenta tons vermelho-acastanhados misturados ao dourado. A cauda estende-se por minutos de arco no céu. A proporção de gás para poeira permanece baixa no objeto.
Análises espectrais indicam ausência quase total de dicarbono e cianeto. Apenas dois cometas conhecidos apresentam níveis tão reduzidos dessas moléculas. Compostos de OH e H2O dominam a nuvem ao redor do núcleo. Essa característica explica a cor rara observada. Cometas comuns refletem luz branca ou ganham tons verdes por dicarbono. A depleção de carbono torna o C/2025 K1 único entre os registrados.
O astrônomo David Schleicher, do Observatório Lowell, acompanha o objeto desde o periélio. Ele aponta a composição como principal fator para o brilho dourado. A passagem solar pode ter liberado mais poeira, intensificando o efeito.
Dan Bartlett capturou a primeira imagem pós-periélio em 29 de outubro. Richard Sears registrou o cometa em Ballico, Califórnia, no dia 1º de novembro. Chris Schur obteve fotos em Payson, Arizona, na mesma data. Todas as imagens mostram cauda buffeteada pelo vento solar. A coma mede 1,6 minutos de arco atualmente. A cauda atinge 8,3 minutos de arco, cinco vezes maior que a coma.
O cometa aparece na constelação de Leão antes do nascer do Sol. A magnitude 10,6 exige binóculos ou telescópios para observação. A distância da Terra supera 121 milhões de quilômetros no momento. Localize entre Virgem e Leão no céu oriental. Melhor horário: minutos antes do amanhecer. Equipamento necessário: binóculo 10×50 ou telescópio pequeno. Céu escuro longe de poluição luminosa melhora a visão.
O cometa alcançará o ponto mais próximo da Terra em 25 de novembro. A distância mínima ficará em 60 milhões de quilômetros. A visibilidade deve se manter até o início de dezembro. Observadores do hemisfério sul terão condições semelhantes às do norte. O brilho pode variar conforme a liberação de material. Telescópios amadores continuam registrando mudanças diárias.
O C/2025 K1 vem da Nuvem de Oort, região esférica no limite do Sistema Solar. Materiais primordiais permanecem preservados nesses corpos gelados. A órbita hiperbólica indica saída definitiva após a passagem. Estudos comparam a composição com outros cometas da mesma região. A baixa concentração de carbono oferece dados sobre formação precoce. O objeto carrega informações de bilhões de anos. O monitoramento segue até o fim da visibilidade em dezembro. Astrônomos coletam espectros para mapear elementos presentes. O cometa representa oportunidade rara de análise química detalhada.

Fonte: www.mixvale.com.br

Fonte: Cometa – Sjo/ iStock

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