Observações globais do cometa após periélio
O cometa 3I/Atlas, que passou pelo periélio em 30 de outubro, se torna alvo de observações globais a partir de 3 de novembro.
Cometa interestelar 3I/Atlas em destaque
O cometa 3I/Atlas atingiu seu periélio em 30 de outubro de 2025, a 1,36 unidades astronômicas do Sol, equivalente a cerca de 203 milhões de quilômetros. Astrônomos da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) estão coordenando esforços para monitorar esse visitante, que segue uma órbita hiperbólica e viaja a mais de 210.000 km/h. A detecção ocorreu em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS no Chile, gerando debates sobre sua natureza. Observações preliminares confirmaram atividade do cometa, com liberação de gases e poeira, diferenciando-o de asteroides.
Visibilidade e observações
A partir de 31 de outubro, sondas espaciais reiniciarão o monitoramento, com visibilidade esperada da Terra a partir de 3 de novembro, antes do amanhecer, a 9 graus acima do horizonte leste. Análises espectrais do Telescópio Espacial James Webb detectaram uma coma rica em dióxido de carbono, com uma proporção oito vezes maior que a de água, um padrão sem precedentes em cometas locais. O núcleo do cometa mede entre 320 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro, com emissão de hidroxila observada a mais de três unidades astronômicas do Sol.
Dados e implicações científicas
Estudos comparativos com Oumuamua e 2I/Borisov destacam variações em elementos como níquel e cianeto, expandindo a compreensão dos processos estelares. A ausência relativa de água sugere origens em um denso disco protoplanetário. A ESA capturou imagens do cometa em 3 de outubro de 2025, a 30 milhões de quilômetros de Marte, mostrando um ponto difuso sem cauda visível nessa fase. A missão SPHEREx da NASA mediu a liberação de dois milhões de toneladas de material entre agosto e setembro, revelando processos de sublimação acelerados pelo calor solar.
Oportunidades para observações amadoras
A partir de 3 de novembro, o cometa aparecerá no céu da manhã, na constelação de Virgem, próximo à estrela Spica. Telescópios com uma abertura mínima de 20 centímetros facilitarão a detecção em céus escuros, longe da poluição luminosa. A luminosidade do cometa requer binóculos astronômicos ou equipamentos potentes, sendo invisível a olho nu. Condições ideais incluem manhãs claras, com exposição solar crescente para melhor contraste.
Monitoramento e próximos passos
Os astrônomos negam hipóteses de origem artificial, baseando-se no tamanho inicial estimado em 12 quilômetros, ajustado após a detecção da coma. O cometa 3I/Atlas não representa riscos de colisão com a Terra, e sua trajetória é monitorada há décadas. O cometa cruzará a órbita de Marte e deve se aproximar da Terra em 19 de dezembro de 2025, a 1,8 unidades astronômicas, ou 269 milhões de quilômetros, permitindo observações prolongadas até março de 2026.
Fonte: www.mixvale.com.br
Fonte: ns 3D do cometa 3I ATLAS