Astrônomos monitoram aproximação do cometa ao Sol em 2025
Astrônomos monitoraram o cometa 3I/Atlas durante sua aproximação ao Sol em 29 de outubro de 2025, revelando detalhes sobre sua origem e composição.
Em 29 de outubro de 2025, o cometa interestelar 3I/Atlas fez sua máxima aproximação ao Sol, a cerca de 210 milhões de quilômetros da estrela. Esse evento, sem riscos para a Terra, possibilitou observações detalhadas sobre sua composição e trajetória, revelando que o cometa se originou em um sistema estelar distante.
Descoberta e características do cometa
O 3I/Atlas foi descoberto em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS no Chile e viaja a uma velocidade de 60 km/s, apresentando uma órbita hiperbólica que o levará para fora do Sistema Solar após o periélio. Com um diâmetro estimado em até 1 km, o cometa é maior que seus antecessores interestelares e é rico em dióxido de carbono, o que indica que se formou em regiões frias há bilhões de anos. Jatos de gás foram observados desde distâncias de 6 UA do Sol, reforçando sua atividade.
Observações e dados coletados
O telescópio ATLAS inicialmente detectou o 3I/Atlas como um ponto fraco nas constelações de Serpente e Sagitário. A partir de observações prévias, foi confirmada sua natureza interestelar em poucas horas. Astrônomos amadores e profissionais contribuíram com dados que revelaram uma coma marginal e uma cauda alongada, confirmando sua classificação como cometa. A máxima distância à Terra está prevista para 19 de dezembro de 2025, a cerca de 270 milhões de quilômetros.
Implicações e próximos passos
Com um brilho inferior a magnitude 12, o cometa reaparecerá para observações em dezembro de 2025, movendo-se pelas constelações de Virgem e Leão. Observações do Telescópio Espacial Hubble em julho de 2025 capturaram uma coma em forma de lágrima, enquanto espectros do Keck II em agosto detectaram emissão de níquel, uma assinatura incomum. Dados preliminares sugerem uma idade entre 3 a 11 bilhões de anos, possivelmente superando a do Sistema Solar.
Conclusão
O 3I/Atlas se destaca por sua combinação de tamanho, atividade rica em voláteis e composição incomum, indicando a diversidade de remanescentes de sistemas planetários. Missões futuras, como Juice da ESA e Juno, contribuirão para a coleta de dados adicionais, enquanto os astrônomos continuam a estudar esse fascinante objeto interestelar.