Entenda os recentes fenômenos da cometa 3I/ATLAS no Sistema Solar
A cometa interstelar 3I/ATLAS da NASA revela fenômenos impressionantes após seu periélio.
Cometa 3I/ATLAS: Fenômenos intrigantes após o periélio
A cometa 3I/ATLAS, um objeto interstelar que visitou o Sistema Solar, apresentou atividades surpreendentes após seu periélio em 30 de outubro de 2025. Astrônomos da NASA detectaram jatos complexos de gás e poeira, que foram observados em imagens capturadas por telescópios de todo o mundo, incluindo Hubble e Webb. Essa cometa, descoberta em 1 de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS no Chile, segue uma trajetória hiperbólica, o que significa que não voltará ao Sistema Solar após sua passagem.
Características e trajetória da cometa 3I/ATLAS
A cometa 3I/ATLAS está localizada na direção da constelação de Sagitário e viaja a impressionantes 221 mil quilômetros por hora. Apesar de sua velocidade, não representa uma ameaça à Terra, mantendo uma distância segura de 270 milhões de quilômetros em seu ponto mais próximo, previsto para 19 de dezembro de 2025. A cometa possui um diâmetro estimado entre 440 metros e 5,6 quilômetros e sua aparência inicial, com uma coloração avermelhada, evoluiu para tons azulados, sugerindo alterações significativas na sua composição.
Observações e descobertas
As observações iniciais registradas em 14 de junho de 2025, antes da descoberta oficial, foram feitas por telescópios como o Zwicky Transient Facility. Desde então, a atividade da cometa tem sido um foco de atenção, com relatos de uma chioma difusa e uma cauda que se estende por até 3 segundos de arco. Imagens recentes de novembro de 2025 mostraram múltiplos jatos sendo expelidos em diferentes direções, apresentando uma configuração incomum, sem a cauda tradicional que normalmente associamos a cometas.
Análise das emissões
A análise preliminar das emissões revelou que o núcleo de gelo da cometa liberou bilhões de toneladas de massa, com jatos que se estendem por milhões de quilômetros. A pressão do vento solar em algumas áreas superou a pressão dos jatos. As observações realizadas pelo Neil Gehrels Swift Telescope indicaram a presença de água e moléculas orgânicas, sugerindo que a cometa pode ter se formado em um sistema estelar distante há bilhões de anos.
Expectativas futuras
Com a cometa se aproximando da Terra, as observações serão intensificadas. A missão Juice da ESA está programada para realizar observações em novembro, utilizando câmeras e espectrômetros para capturar a cometa em sua fase mais ativa. A luminosidade da cometa deve diminuir abaixo de magnitudes observáveis em dezembro, exigindo equipamentos avançados para futuras observações. Portanto, o monitoramento contínuo por parte das agências espaciais está em andamento, buscando maximizar os dados coletados durante essa rara visita ao nosso Sistema Solar.
Conclusão
O cometa 3I/ATLAS, com sua trajetória única e características intrigantes, continua a ser objeto de intensa pesquisa e observação. A expectativa é que novas descobertas ajudem a desvendar os mistérios da formação e evolução de corpos celestes intersteláres, ampliando nosso conhecimento sobre o universo que nos rodeia.
Fonte: www.mixvale.com.br