Como artistas do DF equilibram trabalho formal e vida musical

colorida de Isadora Pina

Desafios e estratégias de músicos que conciliam empregos e palcos no Distrito Federal

Artistas do Distrito Federal conciliam carreira formal e musical.

Artistas do DF enfrentam desafios entre a formalidade e a música

Viver de arte é o sonho de muitos, mas a realidade para os artistas do DF pode ser complexa. No Distrito Federal, muitos músicos encontram formas de equilibrar seus empregos formais com a rotina de ensaios e apresentações. Essa divisão de jornadas ocorre por razões práticas e financeiras, enquanto outros se dedicam integralmente aos palcos, enfrentando as incertezas da cena cultural da região.

A cantora Isadora Pina é um exemplo dessa dualidade. Ela trabalha como bancária no marketing de um banco público, com uma carga horária de seis horas. Essa escolha permite que ela faça ensaios e shows, embora a exaustão às vezes torne essa conciliação desafiadora. Isadora já viveu exclusivamente da música, mas atualmente prioriza a segurança financeira.

“Hoje eu tenho uma carga horária de 6 horas, o que me permite fazer outras coisas, incluindo ensaios e shows. Mas, chegar em casa e ainda ter que ensaiar ou criar é difícil”, comenta ela, enfatizando a importância do equilíbrio entre trabalho e arte.

As experiências de músicos que trabalham durante a noite

Outro artista que faz malabarismos com sua agenda é o DJ e designer gráfico Mike. Ele trabalha no Superior Tribunal de Justiça e é conhecido na vida noturna de Brasília. Para ele, o maior desafio é organizar sua saúde e compromissos em meio a uma agenda repleta de eventos que muitas vezes começam na madrugada.

“A saúde e os compromissos pedem uma vida mais regrada, mas os eventos na madrugada complicam essa organização”, afirma Mike. Mesmo considerando a possibilidade de viver apenas da música, ele reconhece as limitações financeiras desse estilo de vida.

Música como profissão ou paixão?

Contrapõe-se a essa narrativa a experiência de músicos que se dedicam exclusivamente à arte. André Silveira, percussionista do Samba da Tia Zélia, trocou sua carreira na informática pela música, motivado pela insatisfação profissional. “Percebi que não estava feliz e decidi me dedicar à música”, relembra. Para ele, apesar das dificuldades financeiras, Brasília apresenta oportunidades para quem busca se profissionalizar na música.

Pedro Molusco, cavaquinista e ex-integrante do grupo 7 na Roda, também escolheu fazer da música uma profissão. Influenciado por sua mãe a se dedicar ao cavaquinho com estudo e disciplina, Pedro reconhece os desafios que a Lei do Silêncio impõe aos profissionais da música. Ele observa que muitos colegas precisam ter uma segunda fonte de renda para se manter na área.

“Viver de música no DF e com dignidade é possível, mas a realidade é que muitos músicos têm empregos formais para garantir suas contas”, completa Pedro.

Conclusão

O panorama musical do Distrito Federal revela uma diversidade de experiências e estratégias entre os artistas. Seja buscando estabilidade com um emprego formal ou se dedicando exclusivamente à música, todos enfrentam desafios que refletem a complexidade do setor cultural da região. Essa realidade mostra que, apesar das adversidades, a paixão pela arte sempre encontra um caminho para prevalecer.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: colorida de Isadora Pina

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