Estudo revela os segredos da longevidade desses mamíferos marinhos
Baleias-da-Groenlândia podem viver mais de 200 anos, e um estudo da Universidade de Rochester revela o segredo de sua longevidade.
Em 31 de outubro de 2025, pesquisadores da Universidade de Rochester publicaram um estudo revelador sobre as baleias-da-Groenlândia (Balaena mysticetus), que podem viver mais de 200 anos. O estudo, publicado na revista Nature, investiga o segredo por trás da longevidade dessas gigantes do Ártico.
O mecanismo da longevidade
De acordo com os cientistas, as baleias-da-Groenlândia não dependem da eliminação de células danificadas para combater doenças, como a maioria dos mamíferos. Em vez disso, sua longevidade está relacionada a um mecanismo genético que promove o reparo do DNA. Os pesquisadores identificaram a presença abundante da proteína CIRBP, que ajuda a corrigir danos no DNA com mais eficiência, resultando em menos mutações e, consequentemente, em um menor risco de doenças.
A influência do ambiente
A produção da proteína CIRBP é estimulada pelas baixas temperaturas do ambiente em que as baleias habitam. Quanto mais frio, maior a produção dessa proteína, que é quase 100 vezes mais abundante nas baleias do que em humanos. Experimentos mostraram que a inserção de CIRBP em células humanas acelera o reparo do DNA, e testes com moscas também indicaram um aumento na expectativa de vida.
Próximos passos na pesquisa
Os pesquisadores planejam realizar novos estudos para compreender melhor o papel do reparo do DNA na longevidade de outros animais e dos seres humanos. Testes com camundongos que têm níveis elevados de CIRBP estão em andamento, e há interesse em investigar se nadadores ou pessoas que frequentam banhos frios podem aumentar a produção dessa proteína. A pesquisa poderá abrir novas possibilidades para entender os mecanismos da longevidade em diferentes espécies.
 
				 
											 
                     
								 
								 
								