A série da Netflix transforma produtos e comportamentos de compra em oportunidades de mercado
A nova temporada de Stranger Things gera parcerias que transformam consumo em experiência.
A máquina de consumo de Stranger Things
A nova temporada de Stranger Things, lançada na quarta-feira (26), além de trazer suspense e aventura, também gera um impacto significativo no mercado de consumo. Antes mesmo da estreia, a série já havia criado um burburinho nas redes sociais, com 26 marcas fechando parcerias para produtos licenciados e ativações temáticas.
Marcas que surfam no hype da série
A diversificação das marcas que se uniram à Stranger Things é notável. Enquanto o Burger King ficou de fora desta vez, o McDonald’s lançou a campanha “Fome Estranha de Méqui”, aproveitando o clima de expectativa. A Cimed, com sua linha de hidratantes labiais Carmed, também não ficou atrás, unindo-se à C&A para criar uma linha inspirada no Mundo Invertido da série.
A BIC, com sua nova linha de canetas “Stranger Bics”, introduziu um toque de humor, conectando-se ao universo escolar da série. Até a FIAT entrou na dança com o novo Pulse Abarth Edição Especial, prometendo uma experiência de fuga dos perigos do Mundo Invertido.
Comportamento do consumidor em transformação
Essas parcerias demonstram que as marcas perceberam a importância de se conectar emocionalmente com o público. O comportamento do consumidor está mudando; as pessoas desejam mais do que simples produtos, elas querem fazer parte de uma narrativa, sentir que pertencem a um universo maior. Stranger Things oferece essa oportunidade, permitindo que os fãs explorem o Mundo Invertido através de produtos físicos.
Os números falam por si: desde 2020, a série já gerou mais de US$ 1 bilhão em receita para a Netflix, refletindo o poder de uma história que ressoa com o público. Cada temporada se torna um evento global, transformando personagens em ativos culturais e símbolos em oportunidades de negócios.
A estratégia da Netflix
A Netflix não apenas produz conteúdo, mas também transforma suas produções em ecossistemas de marcas. A 5ª temporada da série, com episódios que custam cerca de US$ 60 milhões, exemplifica a magnitude desse investimento. Para manter essa estrutura, a plataforma precisa garantir que suas produções sejam mais do que entretenimento; elas devem se tornar experiências imersivas que atraem e retêm o público.
O futuro do consumo associado à cultura pop
O que fica claro é que a identificação do consumidor com as narrativas culturais é um fator determinante para o sucesso comercial. As marcas que não reconhecem essa transformação correm o risco de ficar para trás em um mercado cada vez mais competitivo. Stranger Things exemplifica como a nostalgia, o afeto e o storytelling podem criar um espaço fértil para que as marcas se conectem de maneira significativa com os consumidores, gerando não apenas vendas, mas também experiências memoráveis que fazem parte da vida das pessoas.
Em resumo, a série da Netflix não é apenas um sucesso de audiência, mas também um verdadeiro motor financeiro, mostrando que a intersecção entre cultura e consumo é mais relevante do que nunca.
Fonte: www.moneytimes.com.br