A corrida espacial entre os bilionários e o temor dos EUA em perder para a China

A disputa pela próxima missão lunar da Nasa coloca Elon Musk e Jeff Bezos em lados opostos, enquanto os EUA temem perder para a China.

Nottingham, Reino Unido, 5 de outubro de 2023 — A corrida para enviar humanos de volta à superfície lunar está cada vez mais acirrada, com a Nasa enfrentando um dilema que envolve tanto Elon Musk quanto Jeff Bezos, enquanto as tensões aumentam com a ambição da China de dominar a exploração lunar. A missão Artemis III, programada para 2027, pode ser a chave para manter a liderança dos EUA no espaço.

O conflito de contratos e desafios técnicos

Recentemente, a Nasa reabriu o contrato de US$ 4,4 bilhões para desenvolver o veículo de pouso lunar, devido a atrasos significativos na SpaceX, que se comprometeu a construir a nave baseada no Starship. O chefe interino da Nasa, Sean Duffy, destacou a necessidade de garantir que o projeto avance, especialmente com a China planejando enviar astronautas à Lua até 2030. Com isso, a pressão sobre a SpaceX para demonstrar segurança nos lançamentos e testar tecnologias críticas está aumentando.

Blue Origin e a concorrência crescente

Jeff Bezos, por outro lado, está se preparando para um lançamento não tripulado do seu veículo Mark 1 em 2026, que pode ser adaptado para transportar astronautas. Essa abordagem pode evitar desafios técnicos que a SpaceX enfrenta, como o reabastecimento em órbita. Além disso, a Lockheed Martin está reunindo uma equipe de empresas para desenvolver um novo módulo lunar que se baseia em hardware existente.

Consequências e impactos na liderança da Nasa

As disputas internas na Nasa também estão em destaque, com rumores de uma luta pelo controle da agência sob um possível segundo mandato de Trump, que poderia impactar as prioridades da Nasa em um momento crítico. Musk e Duffy trocaram farpas publicamente, refletindo a tensão entre as ambições empresariais e as diretrizes da agência.

O futuro da exploração lunar pode depender de como essas dinâmicas se desenrolam, com os EUA enfrentando um desafio sem precedentes para se manterem na vanguarda da corrida espacial.