Conceição Evaristo discute escrevivência e ancestralidade na literatura

m colorida da escritora Conceição Evaristo lendo um livro

A escritora fala sobre seu trabalho e a representatividade na literatura afro-brasileira

Conceição Evaristo fala sobre a importância da escrevivência e suas obras na literatura brasileira.

Conceição Evaristo e o conceito de escrevivência

A escritora e linguista Conceição Evaristo é um nome respeitado na literatura brasileira, reconhecida por suas obras como Ponciá Vicêncio, Becos da Memória e Olhos d’Água. Em 2025, ela lançará sua nova obra, Escrevivências: Identidade, Gênero e Violência, que aprofunda o conceito de escrevivência. Neste livro, Evaristo busca explorar a conexão entre história, ancestralidade e a vivência da população negra no Brasil.

Durante uma recente participação no projeto Sempre Um Papo, da Caixa Cultural, a escritora destacou a importância da escrevivência na sua produção literária. “Pensar em escrevivência é pensar na história e na ancestralidade que nos permite contar a nossa vivência, contar a nossa história”, declarou Evaristo. Essa perspectiva única não só molda seu trabalho, mas também oferece uma nova lente para entender a literatura afro-brasileira.

A literatura afro-brasileira e a representatividade

Conceição também abordou a relevância da literatura afro-brasileira, ressaltando que essa forma de expressão vai além da escrita em primeira pessoa. Mesmo quando não há um narrador explicitamente identificado, suas obras refletem a experiência da população negra no Brasil, trazendo à tona narrativas que muitas vezes são marginalizadas nas tradições literárias.

A escritora, que se candidatou à Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2018, trouxe à luz a discussão sobre a representatividade dessas vozes na literatura brasileira. Embora não tenha sido eleita, Evaristo fez história ao se tornar a primeira mulher negra a ingressar na Academia Mineira de Letras, abrindo caminho para que outras escritoras negras, como Ana Maria Gonçalves, também entrassem na ABL posteriormente.

A necessidade de diversidade na literatura

Evaristo acredita que as casas literárias precisam refletir a diversidade do Brasil. Ela enfatizou: “Casas que representam o discurso literário precisam refletir a diversidade do país. É fundamental que quem produz esses discursos esteja presente nesses espaços”. Essa visão abrange não apenas a inclusão de escritores negros, mas também a representação de povos originários, ressaltando que a diversidade enriquece a literatura e suas narrativas.

A autora defende que, quanto mais ampla for essa representação, maior será a capacidade das instituições de refletir a complexidade da literatura brasileira. Este ponto de vista é crucial em um momento em que a literatura contemporânea busca ser mais inclusiva e representativa de todas as suas vozes.

Conclusão

O trabalho de Conceição Evaristo desempenha um papel vital na literatura contemporânea brasileira. Ao trazer à tona questões de identidade, gênero e a rica ancestralidade da população negra, ela contribui significativamente para a construção de um espaço literário mais inclusivo. Suas reflexões sobre escrevivência e a necessidade de representatividade nas instituições literárias são essenciais para perceber a diversidade e a pluralidade que caracteriza a literatura brasileira atual.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: m colorida da escritora Conceição Evaristo lendo um livro

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