Conflito armado no Rio: Comando Vermelho e seu arsenal de guerra

Facção utiliza armas de fabricação europeia e drones em confrontos

Comando Vermelho aprimora seu arsenal de guerra, utilizando armas europeias e drones em confrontos no Rio de Janeiro.

Na terça-feira (28), durante uma megaoperação, o Comando Vermelho (CV) aprimorou seu “arsenal de guerra” ao utilizar armas de fabricação europeia, drones e roupas camufladas em confrontos contra a polícia no Rio de Janeiro. Essa ação é considerada a mais letal na história do Brasil, refletindo uma escalada bélica na luta entre facções criminosas e forças de segurança.

Novas táticas e armamentos

Os armamentos apreendidos durante a operação incluem fuzis de exércitos sul-americanos, como os da Venezuela, Argentina e Peru. A maioria dos fuzis recolhidos possui calibres 5.56 e 7.62, fabricados principalmente na Europa. Segundo a Polícia Civil, muitos desses armamentos chegam ao Brasil por rotas que transitam pelo Paraguai, onde criminosos transportam apenas partes das armas e completam os componentes com peças adquiridas legalmente pela internet.

Uso de drones e tecnologia

De acordo com Paulo Storani, ex-capitão do Bope, o CV agora tem acesso a armamentos sofisticados, incluindo fuzis G3 e AK-47. Durante a operação, faccionados utilizaram drones para lançar granadas contra os agentes de segurança e monitorar suas ações. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) destacou que a facção tem se modernizado, com um dos integrantes, Carlos “Gardenal”, orientando a aquisição de drones de vigilância.

Aumentos nas apreensões

Os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam que, entre janeiro e setembro deste ano, foram apreendidos 593 fuzis no estado do Rio de Janeiro, o maior número desde o início da série histórica em 2007. Em todo o país, foram recolhidos 1.471 fuzis, sendo cerca de 40% no Rio. Isso significa que, em média, de cada cinco fuzis apreendidos no Brasil, dois estão localizados no estado.

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