Um pastor provocou agitação ao atribuir mortes de Covid-19 a Bolsonaro durante evento em Brasília
A vigília de apoiadores de Bolsonaro em Brasília terminou em confusão após fala de pastor atribuindo mortes ao ex-presidente.
Vigília apoiadores Bolsonaro termina em confusão
Durante a vigília realizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília no último sábado (22), um incidente inesperado provocou agitação entre os presentes. O evento, que tinha o objetivo de manifestar apoio ao ex-presidente, foi marcado por uma declaração polêmica feita por Ismael Lopes, um pastor da Frente Evangélica pelo Estado de Direito.
O discurso que gerou tumulto
Nos primeiros minutos de sua fala, Lopes fez uma pregação que parecia apoiar Bolsonaro, citando trechos bíblicos. No entanto, a situação se alterou drasticamente quando ele começou a falar sobre as mortes causadas pela Covid-19, colocando a responsabilidade diretamente sobre o ex-presidente. Essa mudança de tom não foi bem recebida pelos apoiadores, que rapidamente se tornaram hostis.
Intervenção policial
O tumulto se intensificou após os presentes retirarem o microfone das mãos do pastor, que, em seguida, tentou deixar o local correndo. As agressões físicas começaram, com o público atacando Lopes com socos e pontapés. A Polícia Militar foi chamada para conter a situação e utilizou spray de pimenta para dispersar a multidão agitada.
Reações ao incidente
Após o episódio, Ismael Lopes justificou sua participação na vigília, afirmando que seu objetivo era “falar verdades”. Em resposta ao tumulto, Flávio Bolsonaro, senador e filho do ex-presidente, se manifestou, descrevendo a confusão como uma “obra do diabo”. Ele tentou minimizar o impacto do ocorrido, reforçando o apoio ao pai.
Contexto da vigília
A vigília, que durou pouco mais de uma hora, foi realizada em uma área pública próxima ao condomínio onde reside a família Bolsonaro. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na mesma data na Superintendência da Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), justificou a prisão apontando que a vigília poderia causar desordem e mencionou uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que Bolsonaro usava. O evento, que começou como uma manifestação de apoio, rapidamente se transformou em um episódio de violência e desordem, refletindo a polarização política atual.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br