Congresso mantém veto de Lula e garante BPC sem atestado médico

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakifoto

Decisão assegura que pessoas com deficiência leve possam receber o benefício

Congresso Nacional mantém veto de Lula e permite que BPC seja concedido sem atestado médico.

Veto à exigência de atestado médico é mantido

O Congresso Nacional manteve nesta quinta-feira (4/12) o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à exigência de apresentação de atestado de deficiência de grau moderado ou grave para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Com essa decisão, pessoas com deficiência considerada leve continuam a poder receber o benefício, que é fundamental para garantir um suporte financeiro básico a quem se encontra em situação de fragilidade.

O BPC, que oferece um auxílio de um salário mínimo mensal, é destinado a pessoas com deficiência e cidadãos a partir de 65 anos. Para ter acesso ao benefício, tanto o beneficiário quanto sua família devem comprovar uma condição de vulnerabilidade que impossibilite o sustento próprio. Essa nova deliberação mostra uma preocupação do Congresso em não restringir o acesso ao suporte social, especialmente em um cenário econômico já desafiador.

Contexto da decisão do Congresso

A exigência de apresentação de atestado médico fazia parte de um pacote maior de cortes de gastos proposto pelo governo em 2024. Contudo, a recepção negativa da proposta pela sociedade e pela oposição levou Lula a vetar a medida. A decisão de manter o veto é uma resposta à pressão popular por um acesso mais amplo aos benefícios sociais.

Os parlamentares analisaram, além desse veto, quatro outros atos que também foram submetidos ao escrutínio. Dessa forma, o Congresso se posiciona em relação às políticas sociais do governo, indicando um momento de tensão entre o Executivo e o Legislativo. A manutenção do veto pode ser vista como uma vitória para grupos que lutam pelos direitos de inclusão e assistência às pessoas com deficiência.

Outras deliberações do Congresso

Na mesma sessão, os parlamentares derrubaram o veto de Lula que exigia exames toxicológicos para quem busca habilitação nas categorias A (motocicletas) e B (carros de passeio), tornando esses testes obrigatórios. Essa mudança poderá impactar diretamente motoristas e candidatos a habilitação, aumentando a fiscalização e os custos para a obtenção da CNH.

Outro veto que foi derrubado diz respeito à isenção de taxas e contribuições para a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que exigia o pagamento de encargos para o registro e proteção de seus produtos e tecnologias.

Implicações para o futuro do BPC

Essa recente decisão do Congresso representa não só uma mudança na política atual, mas também levanta questões sobre como o governo irá abordar o financiamento de programas sociais no futuro. O BPC, sendo um pilar essencial no suporte a grupos vulneráveis, poderá continuar a ser um ponto focal de debates e deliberações nos próximos meses. A pressão por uma gestão fiscal responsável sem comprometer o bem-estar social continua a ser uma balança delicada a ser gerida pelo governo e pelo Congresso.

Em resumo, a manutenção do veto de Lula à exigência de atestado para o BPC é uma clara demonstração de que as políticas sociais ainda têm um espaço significativo nas discussões legislativas, refletindo a necessidade de garantir direitos aos mais vulneráveis na sociedade brasileira.

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