Conheça Oumuamua e Borisov, os visitantes estelares

Sergey Kuznetsov/istock

Objetos interestelares que atravessaram nosso Sistema Solar

Astrônomos confirmaram a passagem de dois objetos interestelares, Oumuamua e Borisov, pelo Sistema Solar, com dados intrigantes sobre suas origens e características.

Astrônomos confirmaram a passagem de dois objetos interestelares, 1I/Oumuamua e 2I/Borisov, que cruzaram o Sistema Solar antes do recente 3I/Atlas, descoberto em julho de 2025. Oumuamua foi detectado em 2017 no Havaí, enquanto Borisov apareceu em 2019, identificado por um observador amador na Crimeia. Essas passagens hiperbólicas destacam a origem externa desses corpos, vindos de outros sistemas estelares.

Atração do Sistema Solar

Esses eventos ocorrem porque o Sistema Solar atrai viajantes da Via Láctea devido à sua gravidade. Cientistas estimam que centenas de objetos semelhantes cheguem anualmente, mas apenas três foram monitorados até agora. A detecção depende de telescópios avançados, que calculam órbitas para confirmar a natureza interestelar. Oumuamua, que entrou no Sistema Solar em outubro de 2017, apresentava um formato alongado e uma velocidade de cerca de 26 km/s. Já Borisov, avistado em agosto de 2019, movia-se a uma velocidade de 32 km/s e exibia coma e cauda típicas de cometas.

Características e Composição

Oumuamua tinha um diâmetro estimado de 400 metros e girava sobre si mesmo, variando o brilho observado. Sua órbita hiperbólica, com excentricidade de 1,2, confirmou sua origem interestelar. O objeto mostrou aceleração não gravitacional, possivelmente devido à liberação de gases. Em comparação, Borisov, com um diâmetro de até 1 km, apresentava uma composição rica em monóxido de carbono, sugerindo formação em um disco protoplanetário distante.

Raridade das Detecções

A raridade das detecções se deve ao tamanho pequeno e baixa luminosidade desses objetos. Muitos medem menos de 1 km e viajam rápido, escapando de telescópios convencionais. Colisões com planetas como Júpiter podem alterar suas trajetórias, destruindo ou desviando esses visitantes. Telescópios como o Vera Rubin, em operação futura, prometem identificar dezenas anualmente. Estudos indicam que a poeira interestelar e radiação cósmica degradam esses corpos ao longo de bilhões de anos, aumentando a importância das futuras missões de interceptação, como o Comet Interceptor, da ESA.

Esses objetos carregam material de sistemas exoplanetários, oferecendo pistas sobre a formação planetária e indicando uma diversidade galáctica significativa. Com dados coletados de Oumuamua e Borisov, cientistas buscam entender melhor os processos naturais que governam esses fenômenos cósmicos.

Fonte: www.mixvale.com.br

Fonte: Sergey Kuznetsov/istock

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