Jason Miller, conselheiro do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou seus ataques verbais ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A crítica mais recente foi publicada na terça-feira (9/9) na rede social X, após Moraes votar pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado.

Na publicação, Miller não poupou adjetivos ao se referir ao ministro. “@STF_oficial @AlexandredeMoraes está mostrando por que ELE – e ninguém mais – é a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental. Moraes é um gangster de terceira categoria determinado a usar a guerra jurídica política para manter o Presidente @jairbolsonaro fora das urnas”, escreveu, acompanhando a mensagem com a hashtag #LibertemBolsonaro.

A declaração de Miller ocorreu em resposta a uma postagem do deputado federal Gustavo Gayer (PL), que questionava o julgamento em curso. “Sabe aquela reunião na qual Bolsonaro falou que não queria ver o Brasil virando uma ditadura? Então… Moraes diz que Bolsonaro estava ali planejando tornar o Brasil uma ditadura. SOMOS TODOS BOLSONARO”, publicou Gayer.

O voto de Moraes, relator do caso, foi crucial para a condenação de Bolsonaro e de outros sete réus, todos acusados pela Procuradoria-Geral da República de envolvimento na trama golpista. Durante a sessão, o ministro detalhou o papel de Bolsonaro como líder da organização criminosa, apresentando documentos e organogramas que embasaram sua decisão. “Esse julgamento não discute se houve ou não tentativa de golpe. O que se discute é a autoria. Não há nenhuma dúvida nessas condenações de que houve tentativa de golpe, que houve organização criminosa”, afirmou Moraes.

Vale ressaltar que as críticas de Miller se somam a outros ataques recentes de figuras ligadas ao círculo de Trump contra o ministro Alexandre de Moraes. Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado, também teceu comentários críticos em suas redes sociais, reiterando o “compromisso de apoiar o povo brasileiro”. Beattie chegou a se reunir com o deputado Eduardo Bolsonaro e outros aliados em Washington, onde teriam discutido o projeto de anistia para o ex-presidente.