Contar calorias: mito ou solução para emagrecer?

Por que focar apenas nos números não garante saúde nem emagrecimento sustentável

 

Durante décadas, acreditou-se que a chave para emagrecer era contar calorias: equilibrar o que se ingere com o que se gasta. Embora essa lógica matemática parecesse prática, a ciência já mostrou que o método é limitado e até prejudicial quando usado de forma obsessiva.
“Saúde e nutrição não se resumem a números. O que realmente importa é a qualidade dos alimentos consumidos, e não apenas a quantidade de calorias que eles oferecem”, destaca a endocrinologista Dra. Carolina Mantelli.
Pesquisas recentes, como um estudo publicado na Revista JAMA, confirmam: reduzir açúcares, grãos refinados e ultraprocessados mostrou-se mais eficaz para perder peso do que apenas contabilizar calorias.

Os efeitos colaterais da contagem de calorias
A prática da contagem obsessiva está associada a impactos negativos na saúde mental, incluindo maior risco de transtornos alimentares. Já estratégias como a alimentação intuitiva — aprender a ouvir os sinais de fome e saciedade do corpo — têm mostrado melhores resultados em saúde e bem-estar.
Outro ponto importante é que calorias não são todas iguais. Restringir demais pode até levar à perda de peso, mas também compromete a massa muscular e o metabolismo, prejudicando a saúde no longo prazo.

Nem todas as calorias são absorvidas da mesma forma
O corpo humano metaboliza calorias de maneiras diferentes. Pesquisas sobre o consumo de oleaginosas, por exemplo, mostraram que até 20% da gordura presente em nozes e amêndoas não é absorvida pelo organismo. Isso significa que o valor calórico do rótulo não reflete necessariamente o efeito real no corpo.
Além disso, produtos ultraprocessados podem ter o mesmo valor calórico de alimentos naturais, mas causam impactos totalmente distintos na saúde.

O que a ciência recomenda?
Segundo especialistas, emagrecer com saúde depende mais do estilo de vida e da qualidade dos alimentos do que de cálculos rígidos. Apostar em vegetais, fibras, proteínas magras e evitar ultraprocessados traz benefícios muito maiores do que se prender apenas a números.
“Emagrecimento e saúde não dependem de uma calculadora. Eles nascem da escolha inteligente dos alimentos e da construção de hábitos sustentáveis”, reforça a Dra. Carolina Mantelli.

Fonte e foto: Assessoria de Imprensa: Vivian Costa.

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