Contato pele a pele entre mãe e bebê favorece aleitamento exclusivo

kieferpix/iStock

Estudo revela benefícios do contato imediato após o nascimento

Contato pele a pele na primeira hora após o nascimento aumenta chances de aleitamento materno exclusivo.

Bebês que têm contato pele a pele com a mãe na primeira hora após o nascimento apresentam maior probabilidade de diversos benefícios, incluindo o aleitamento materno exclusivo, temperatura corporal ideal e níveis adequados de açúcar no sangue. Essas informações foram confirmadas em uma nova revisão da Cochrane, uma rede global de pesquisadores e profissionais de saúde. A última atualização, realizada em 2016, analisou 26 novos estudos, totalizando 69 ensaios clínicos com mais de 7.000 pares mãe-bebê, principalmente em países de alta renda.

“As evidências a favor do contato pele a pele imediato são tão robustas que os autores agora desaconselham novos ensaios clínicos randomizados onde o contato pele a pele não seja oferecido no grupo controle”, afirma um comunicado. Os autores defendem que futuras pesquisas devem focar na melhoria da qualidade dos estudos e na implementação dessa prática, em vez de testar a intervenção em si.

Benefícios do contato pele a pele

O contato pele a pele consiste em colocar o recém-nascido nu sobre o peito descoberto da mãe logo após o nascimento, ajudando os bebês a se adaptarem à vida fora do útero. Essa prática simples mantém os bebês aquecidos, reduz o estresse e o choro, além de auxiliar funções vitais como respiração e batimentos cardíacos. A revisão constatou que cerca de 75% dos bebês que receberam contato pele a pele estavam sendo amamentados exclusivamente com 1 mês de idade, em comparação com 55% dos que não tiveram essa experiência.

Desafios na implementação

Apesar das recomendações para iniciar o contato pele a pele imediatamente, muitos sistemas de saúde ainda separam mães e bebês logo após o nascimento para procedimentos rotineiros. “Historicamente, os bebês têm sido separados de suas mães para exames físicos e outros procedimentos, o que impede o contato imediato”, explica Elizabeth Moore, autora principal. Mesmo em países com serviços de saúde de alta qualidade, essa intervenção simples não é uma prática comum.

Recomendações e ética

Agora há evidências suficientes para que o contato pele a pele imediato se torne o padrão global de atendimento. Como a OMS já recomenda essa prática, os autores argumentam que a separação entre mãe e recém-nascido não é mais justificável. “Negar o contato pele a pele seria antiético, pois há evidências suficientes de que melhora a saúde e a sobrevivência dos recém-nascidos”, afirma Karin Cadwell, autora sênior. Ela ressalta que, em contextos de recursos limitados, essa prática pode ser a diferença entre a vida e a morte para bebês de baixo peso ao nascer.

PUBLICIDADE

VIDEOS

TIF - JOCKEY PLAZA SHOPPING - PI 43698
TIF: PI 43845 - SUPLEMENTAR - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
TIF: PI 43819 - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Relacionadas: