Espaço e tecnologia se unem para fortalecer a segurança nacional.

A Space Development Agency dos EUA alocou $3,5 bilhões para quatro empresas construírem 72 satélites de rastreamento e alerta.

A nova era da defesa espacial

A Space Development Agency (SDA), parte da Força Espacial dos EUA, anunciou um investimento significativo de aproximadamente $3,5 bilhões para quatro empresas de destaque na construção de 72 satélites. Essa iniciativa visa expandir a terceira geração da constelação em órbita baixa, conhecida como Proliferated Warfighter Space Architecture (PWSA). Com a crescente necessidade de monitoramento e alerta contra ameaças avançadas, este projeto representa um passo crucial em direção a uma defesa mais robusta e eficaz.

O que isso significa para a segurança nacional?

O diretor interino da SDA, Gurpartap ‘GP’ Sandhoo, destacou que a nova camada de rastreamento, quando integrada ao sistema de transporte, aumentará substancialmente a cobertura e a precisão necessárias para responder a ameaças adversárias. A constelação contará com sensores de advertência de mísseis e rastreamento, com a metade de suas cargas úteis visando missões de defesa de mísseis. As tecnologias a serem utilizadas incluem sensores infravermelhos e sistemas de defesa avançados, essenciais para a proteção do espaço aéreo nacional.

As empresas envolvidas no projeto

Cada uma das quatro empresas selecionadas – Lockheed Martin, L3Harris Technologies, Northrop Grumman e Rocket Lab – ficará responsável pela construção de 18 satélites. O financiamento será distribuído da seguinte forma:

• Lockheed Martin: $1,1 bilhão para 18 veículos espaciais de defesa.
• L3Harris Technologies: $843 milhões para 18 satélites de rastreamento.
• Rocket Lab: $805 milhões para 18 satélites de defesa.
• Northrop Grumman: $764 milhões para 18 satélites de rastreamento.

Além do investimento substancial, Rocket Lab mencionou que o valor inicial é um contrato base, com a possibilidade de opções adicionais que podem chegar a $10,45 milhões.

Avanços e inovações na tecnologia de satélites

O projeto não só visa aumentar a capacidade de monitoramento, mas também incorpora inovações tecnológicas significativas. Rocket Lab, por exemplo, planeja utilizar seu novo sensor infravermelho Phoenix, que foi projetado para atender às necessidades em evolução da defesa nacional. A abordagem de desenvolvimento em espiral permitirá que novas tecnologias sejam rapidamente integradas, garantindo que o sistema de defesa permaneça à frente das ameaças emergentes.

Com a nova instalação da L3Harris em Palm Bay, Florida, a empresa se comprometeu a contribuir para a arquitetura de defesa de próxima geração, essencial para rastrear ameaças em tempo real. O CEO da L3Harris, Christopher Kubasik, enfatizou a importância de derrotar as ameaças hipersônicas começando pelo espaço, destacando o papel vital que seus satélites terão nessa missão.

O futuro da defesa espacial

A Northrop Grumman, responsável por 150 satélites nos primeiros três tranches da SDA, também está se preparando para lançar sua primeira leva de satélites de transporte em 2026. Com um histórico sólido em satélites de monitoramento, a empresa está bem posicionada para contribuir de forma significativa para esta nova fase de defesa espacial.

Lockheed Martin, que já recebeu contratos anteriores, continua a expandir sua capacidade de produção, com planos para construir 124 satélites para a SDA. A integração dos novos satélites com um sistema comum de comunicação em solo garantirá uma operação coordenada e eficaz entre os diferentes componentes da constelação.

Em suma, a SDA está não apenas aumentando sua capacidade de defesa, mas também estabelecendo um modelo de colaboração entre empresas de alta tecnologia para enfrentar desafios globais em constante evolução. A constelação de satélites de rastreamento e alerta é um passo vital para assegurar a segurança nacional e a proteção contra ameaças emergentes.