Conferência revela como países do Sul Global buscam alternativas à influência ocidental.
A COP30 destaca a crescente influência da China na transição energética em meio à ausência dos EUA.
COP30 e a transição energética: um novo cenário global
A COP30, realizada em Belém, destaca a “transição energética” como um tema central, especialmente em um momento em que a ausência dos Estados Unidos abre espaço para a China se consolidar como líder nesse campo. Enquanto os países do Sul Global buscam alternativas, a influência americana parece enfraquecer.
A pauta do protecionismo verde e suas implicações
A pauta do “protecionismo verde” ficou de fora da agenda oficial da COP30. A União Europeia pretende implementar medidas, como o mecanismo de ajuste de fronteira de carbono e o regulamento sobre produtos livres de desmatamento, que são vistas como barreiras comerciais disfarçadas. Essas medidas, previstas para entrar em vigor em 2026, geram preocupações entre países em desenvolvimento, que temem restrições ao comércio.
A crescente influência da China
Segundo uma reportagem do “The New York Times”, países emergentes estão buscando alternativas à influência americana e europeia, adotando tecnologias renováveis oferecidas pela China. Após saturar o mercado interno com painéis solares e turbinas eólicas, empresas chinesas agora exportam suas soluções para países em desenvolvimento, que enfrentam uma crescente demanda por energia.
Críticas à política climática dos EUA
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou o desdém do presidente Donald Trump em relação às tecnologias verdes, destacando que a China está avançando em um setor crucial. Newsom elogiou o progresso chinês e afirmou que os EUA precisam acordar para a realidade das cadeias de abastecimento e produção. Ele afirmou: “É melhor que os nossos fabricantes de automóveis acordem para isso.”
O futuro do comércio internacional
As novas regras da União Europeia e a pressão por padrões de sustentabilidade prometem fazer do comércio internacional um dos temas mais sensíveis durante a COP30. Países como o Brasil, que oferecem vantagens ambientais, se veem em risco de serem excluídos desse novo cenário comercial.
Conclusão
A COP30 se torna um ponto de inflexão, onde a ausência dos EUA pode redefinir a dinâmica da transição energética global, com a China se posicionando como uma alternativa viável para os países em desenvolvimento. As discussões sobre protecionismo verde e sustentabilidade comercial continuarão a ser temas centrais nas futuras conferências, à medida que o mundo busca soluções para os desafios climáticos.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
Fonte: REUTERS/Aly Song