COP30 promove governança e avanços no financiamento climático em Belém

Participação de povos originários marca a primeira semana da conferência

COP30 em Belém destaca avanços no financiamento climático e participação de povos originários.

COP30: Participação significativa de povos originários e avanços financeiros

A primeira semana da COP30, que ocorre em Belém, PA, tem sido um marco na participação de povos originários, evidenciando a importância do Sul Global nas discussões climáticas. Renata Piazzon, CEO da Arapyaú, destacou durante o CNN Prime Time os avanços no financiamento climático, que incluem um compromisso histórico de US$ 5,5 bilhões pelo TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre).

Marcha Mundial pelo Clima e engajamento do setor privado

Um dos momentos mais emblemáticos foi a Marcha Mundial pelo Clima, que reuniu mais de 5 mil povos da floresta, simbolizando uma mudança significativa após três conferências realizadas em países com regimes mais restritivos. A participação ativa de representantes indígenas e de diversos setores da sociedade civil aponta para um novo cenário nas negociações climáticas. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, estabeleceu um diálogo direto com o povo Munduruku, demonstrando compromisso com a inclusão nas discussões.

Compromissos financeiros e parcerias internacionais

O evento também teve avanços notáveis em termos de comprometimento financeiro. Além dos US$ 5,5 bilhões já mencionados, bancos multilaterais anunciaram um incremento de US$ 185 bilhões em investimentos. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) destinou US$ 1 bilhão para adaptações urbanas na Amazônia, onde cerca de 70% da população reside em áreas urbanas. A União Europeia fez sua primeira doação ao Fundo Amazônia, sinalizando um apoio crescente às iniciativas brasileiras.

Desafios nas negociações sobre adaptação climática

Apesar dos avanços, a COP30 enfrenta desafios significativos, especialmente em relação à agenda de adaptação. A definição de indicadores para a meta global tem gerado divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. O grupo africano propôs uma prorrogação de dois anos para que se chegue a um consenso sobre o financiamento dessas ações, destacando a complexidade das negociações em curso.

Inovação na interação entre ciência e políticas climáticas

Uma das inovações da COP30 é a maior proximidade entre a ciência e os negociadores, evidenciada pela instalação do primeiro pavilhão de ciências planetárias na Blue Zone. Essa iniciativa marca um passo importante para integrar a pesquisa científica nas discussões e decisões sobre mudanças climáticas, promovendo uma abordagem mais informada e eficaz.

Reflexões finais e continuidade das negociações

A primeira semana da COP30 termina com um chamado à reflexão por parte do Brasil, que propõe um diálogo contínuo entre as nações participantes. A expectativa é que as próximas semanas tragam avanços nas discussões, especialmente em relação à adaptação climática, que permanece como um dos principais entraves nas negociações atuais.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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