COP30 inicia no Brasil com ausência marcante de Trump

CNBC

A cúpula climática ocorre em um contexto de incertezas globais

COP30 começa no Brasil com a ausência de Trump, em meio a discussões sobre a crise climática.

COP30 no Brasil: Um marco para discussões climáticas

A COP30, a 30ª edição da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, inicia-se nesta segunda-feira, 10 de novembro, em Belém, Brasil. O evento reúne delegações de quase todos os países para discutir a crise climática em um contexto onde os impactos das mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes. A ausência do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, é um ponto de destaque, pois seu governo se afastou do Acordo de Paris e adotou uma postura crítica em relação às políticas climáticas globais.

A cúpula contará com a participação de aproximadamente 50.000 delegados, e as discussões estão previstas para se estenderem até o dia 21 de novembro. A falta de representantes de alto nível dos Estados Unidos, confirmada pela Casa Branca, é considerada por muitos como um sinal negativo para a diplomacia climática, uma vez que a administração de Trump é conhecida por sua posição anti-clima.

Impactos e ações climáticas necessárias

Anna Aberg, pesquisadora do Environment and Society Centre, acredita que a ausência dos EUA pode ser benéfica para o diálogo internacional. “É realmente lamentável que o governo Trump tenha retirado os EUA do Acordo de Paris pela segunda vez e esteja promovendo uma agenda anti-climática tanto em casa quanto no exterior”, afirmou Aberg. A cúpula é vista como uma oportunidade crucial para o mundo avançar de compromissos climáticos para ações concretas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a urgência de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius. “Cada fração de grau significa mais fome, deslocamento e perda, especialmente para aqueles que menos contribuíram para o problema”, alertou Guterres em um discurso recente. A conferência também abordará questões sobre como transformar o sistema financeiro global e aumentar as medidas de adaptação às mudanças climáticas.

Desafios e responsabilidades globais

A cúpula acontece em um momento em que a questão climática não está mais no centro da agenda geopolítica. Apesar disso, é um momento crucial para que os líderes mundiais enviem uma mensagem forte sobre a necessidade de ação coletiva. Aberg ressalta que, embora as conversas na COP30 sejam essenciais, os resultados provavelmente não atenderão às expectativas de todos. Os líderes empresariais também pedem incentivos adicionais para acelerar a ação climática.

Anders Danielsson, CEO da Skanska, destacou a importância da vontade política para impulsionar as metas climáticas. “Precisamos da disposição política para avançar”, afirmou. Enquanto isso, Tobias Meyer, CEO do DHL Group, defende a implementação de um preço global sobre o carbono como uma ferramenta essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O futuro da ação climática

Henrik Andersen, CEO da Vestas, enfatiza a necessidade de que os líderes da indústria de energias renováveis continuem a se fazer ouvir na transição para tecnologias de baixo carbono. “Quando a COP se torna um exercício teórico, é hora de se reinventar”, alertou. O cenário global é desafiador, mas a COP30 representa uma oportunidade para reenergizar os esforços internacionais em torno da crise climática e reafirmar o compromisso com a ação climática em um mundo em mudança.

Fonte: www.cnbc.com

Fonte: CNBC

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