Empresa busca universalização do esgoto e modernização de infraestrutura.
Copasa (CSMG3) anunciou um ambicioso plano de investimentos de R$ 3,1 bilhões até 2026, alinhado à sua privatização.
Investimentos em Saneamento
A Copasa (CSMG3) acaba de anunciar um robusto programa de investimentos no valor de R$ 3,1 bilhões para o ano de 2026. Este plano surge em um momento crucial, marcado pela recente aprovação da privatização da companhia, que promete transformar a estrutura de governança e operação da empresa. Os recursos serão direcionados principalmente para a universalização do esgotamento sanitário, conforme as diretrizes do Novo Marco do Saneamento, e para projetos voltados à segurança hídrica na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O Novo Marco do Saneamento e Seus Impactos
A universalização do esgoto é uma necessidade premente no Brasil, onde a falta de acesso a serviços básicos de saneamento é uma questão crítica de saúde pública. O Novo Marco do Saneamento estabelece diretrizes que visam garantir a ampliação do acesso a serviços de saneamento e esgoto, e a Copasa está posicionando-se para não apenas atender a essas exigências, mas também para se modernizar. O investimento também se concentrará na redução de perdas operacionais e na modernização das estações de tratamento de esgoto.
Detalhes do Programa de Investimentos
Além dos R$ 3,1 bilhões previstos para 2026, a Copasa delineou um plano plurianual que inclui investimentos que aumentam gradativamente nos anos seguintes: R$ 3,9 bilhões em 2027, R$ 4,8 bilhões em 2028, R$ 4,7 bilhões em 2029 e R$ 4,5 bilhões em 2030. Essa estratégia aponta para um compromisso de longo prazo com a melhoria da infraestrutura de saneamento no estado, refletindo a necessidade urgente de modernização e expansão dos serviços.
O Cenário da Privatização
A aprovação do Projeto de Lei 4.380/25 pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que autoriza a privatização da Copasa, representa uma mudança significativa na forma como a empresa será administrada. Com a nova estrutura, o Estado permanecerá como acionista através de uma golden share, garantindo assim um controle mínimo sobre decisões críticas. Essa mudança busca não apenas a eficiência operacional, mas também a possibilidade de atrair investimentos privados para a empresa.
O Futuro da Copasa
Os recursos provenientes da privatização serão, segundo o projeto, utilizados para amortizar a dívida do Estado com a União e para cumprir obrigações do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Embora a criação de um fundo estadual de saneamento básico tenha sido inicialmente proposta, a exigência de um prazo para sua estruturação foi retirada, resultando em incertezas sobre a destinação futura desses recursos. Essa situação gera uma expectativa em torno de como a Copasa se adaptará a essas novas diretrizes em um cenário de privatização e modernização.
A Copasa, portanto, encontra-se em um momento de transição que pode redefinir não apenas sua trajetória, mas também o cenário do saneamento básico em Minas Gerais e no Brasil.
Fonte: www.moneytimes.com.br



