O Corinthians se prepara para um momento crucial. Nesta segunda-feira, os conselheiros do clube se reúnem para eleger o presidente que conduzirá o Timão até o final de 2026, em um mandato transitório após a destituição de Augusto Melo. A eleição definirá os rumos do clube em um período de instabilidade.
Três nomes disputam a preferência dos conselheiros: Osmar Stábile, atual presidente interino e favorito; Roque Citadini, conselheiro vitalício com longa trajetória na política corintiana; e André Castro, que surgiu como uma promessa de aporte financeiro bilionário. A escolha recairá sobre um colégio eleitoral restrito, composto pelos membros do Conselho Deliberativo e conselheiros vitalícios.
Osmar Stábile aposta na continuidade do trabalho iniciado após o afastamento de Augusto Melo, argumentando ser a melhor solução para a recuperação financeira e esportiva do clube. Ele conta com o apoio de influentes conselheiros vitalícios e defende uma gestão austera, com cortes e organização interna. “Estamos organizando o clube de baixo para cima, com método e disciplina”, afirmou Stábile em coletiva de imprensa.
André Castro, por sua vez, promete um fundo de US$ 1 bilhão para sanar dívidas e investir no clube, em parceria com o GSP Banco de Fomento Mercantil Ltda. A proposta ousada despertou receio, mas também curiosidade entre os conselheiros. Castro se declara contra a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e defende a manutenção do patrimônio histórico do Corinthians.
Roque Citadini, após se aposentar do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), surge como uma alternativa experiente e conservadora. Contrário às ideias de Augusto Melo, ele conquistou o apoio de um grupo político liderado por Andrés Sanchez. Citadini critica a situação “insustentável” do clube e defende a inclusão de membros do Fiel Torcedor nas futuras eleições. “Se as ações irão falar por ele, nada será dito”, disparou Citadini sobre Stábile, que evitou a imprensa nesta semana.