Coronavírus inédito em morcegos brasileiros

Reprodução/Dan Riskin/CC BY

Descoberta marca avanço na pesquisa sobre coronavírus na América do Sul

Pesquisadores identificaram um coronavírus em morcegos brasileiros, o BRZ batCoV, com mecanismos semelhantes ao Sars-CoV-2. A descoberta pode ter implicações para a saúde pública.

Em 31 de outubro de 2025, pesquisadores detectaram um coronavírus nunca antes relatado na América do Sul, o BRZ batCoV, em morcegos da espécie Pteronotus parnellii, comum na região. Este achado, que revela semelhanças genéticas com o Sars-CoV-2 e o Mers-CoV, foi fruto de um estudo realizado pela Universidade de Osaka, em parceria com uma equipe internacional, incluindo cientistas brasileiros.

Características do novo coronavírus

A análise do BRZ batCoV mostrou que ele possui um mecanismo semelhante ao do Sars-CoV-2 para entrar em células humanas, o que é inédito entre morcegos nas Américas. Apesar de ainda não haver evidências de que a cepa possa infectar humanos, a descoberta sugere uma evolução viral dentro do grupo de morcegos, sendo um indicativo importante para a saúde pública.

Relevância e possíveis implicações

Os pesquisadores alertam para a necessidade de monitoramento contínuo, uma vez que o novo coronavírus é mais próximo do Mers, mas possui características únicas que podem levar à formação de uma nova linhagem. Essa descoberta destaca a importância da vigilância em saúde e da pesquisa sobre o potencial zoonótico de vírus presentes em animais selvagens.

Conclusão

O estudo, que foi publicado como pré-print, é um passo significativo para compreender a dinâmica dos coronavírus em morcegos e sua relação com a saúde humana, ressaltando a necessidade de colaboração internacional na pesquisa sobre doenças infecciosas que podem emergir de fontes animais.

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