Como acionistas da Tesla podem transformar Musk no primeiro trilionário do mundo
Elon Musk pode se tornar o primeiro trilionário do mundo se a Tesla atingir um valor de mercado de US$ 8 trilhões até 2035.
Em Austin, Texas, no dia 6 de novembro, acionistas da Tesla votarão sobre um pacote de compensação que pode valer até US$ 1 trilhão, o que colocaria Elon Musk a um passo de se tornar o primeiro trilionário do mundo. O sucesso desse plano depende do crescimento do valor de mercado da empresa, que deve ultrapassar US$ 8 trilhões na próxima década.
Metas e desafios para a Tesla
Para que Musk receba essa compensação, ele deve alcançar uma série de marcos, começando com a elevação do valor de mercado para US$ 2 trilhões, com incrementos subsequentes de US$ 500 bilhões, até chegar a US$ 8,5 trilhões até 2035. Além disso, ele precisa entregar 20 milhões de veículos elétricos, 10 milhões de assinaturas ativas de direção autônoma, 1 milhão de robôs humanoides e 1 milhão de táxis autônomos. Em relação aos ganhos, a Tesla precisa reportar US$ 400 bilhões em lucro ao longo de quatro trimestres consecutivos, um desafio considerando que o lucro do terceiro trimestre de 2025 foi de US$ 4,2 bilhões, uma queda de 9% em relação ao ano anterior.
O que está em jogo para os acionistas
A aprovação do pacote de compensação será crucial para o futuro de Musk na Tesla. Se os acionistas votarem contra, como advertiu a presidente do conselho, Robyn Denholm, isso pode significar a saída de Musk da liderança da empresa. A proposta também inclui uma compensação que Musk ainda deve receber de um plano de 2018, que foi invalidado em decisões judiciais prévias. Assim, a votação de 6 de novembro não é apenas sobre salários, mas sobre a continuidade da visão de Musk para a Tesla.
Reações e apoio ao plano
Apesar de algumas gestões de investimento, como o Norges Bank, terem anunciado que votarão contra a proposta, outras empresas já manifestaram apoio. O clima em torno da votação é tenso, com Musk utilizando suas plataformas sociais para mobilizar apoio, enquanto os investidores avaliam os riscos e benefícios de sua compensação proposta. A situação atual é um reflexo das complexidades envolvidas na governança corporativa e na compensação de executivos, especialmente em uma empresa tão influente quanto a Tesla.