O petróleo teve um fechamento em alta, com o WTI subindo 1,33% e o Brent 1,45%. A Opep+ anunciou um aumento na produção de 137 mil barris por dia em novembro, bem abaixo do que rumores indicavam. Apesar da alta, a perspectiva para os preços do petróleo permanece negativa, com chances de queda abaixo de US$ 60.
O petróleo fechou em alta pela segunda sessão consecutiva, impulsionado por cortes menores da Opep+.
O petróleo fechou em alta pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira (5 de outubro de 2023), com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) elevando a produção em um nível menor do que o temido. O petróleo WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), teve uma alta de 1,33%, atingindo US$ 61,69 o barril, enquanto o Brent para dezembro, na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), subiu 1,45%, alcançando US$ 65,47 o barril.
Contexto do aumento na produção
Os preços do petróleo mostraram uma recuperação modesta após uma queda de cerca de 7% na semana anterior. Especialistas da Capital Economics apontam que os ataques da Ucrânia à infraestrutura petrolífera da Rússia ainda não foram totalmente considerados pelo mercado. Os danos à capacidade de exportação russa e a perspectiva de interrupções na oferta indicam riscos de alta para os preços do petróleo.
Expectativas do mercado
A Opep+ decidiu aumentar a produção da commodity em 137 mil barris por dia em novembro, um volume que se equipara ao de outubro, bem abaixo das expectativas que previam um aumento de 500 mil barris. Apesar do alívio momentâneo, a análise do Swissquote Bank sugere que a tendência geral para o petróleo é de queda, com uma maior chance de os preços caírem abaixo de US$ 60 do que retornarem a níveis superiores a US$ 65.
Relações internacionais
Além disso, informações de fontes do The Wall Street Journal indicam que a China estabeleceu um sistema semelhante ao escambo para manter as relações com o Irã, em resposta às sanções. Nesse sistema, o petróleo iraniano é enviado para a China, e, em troca, empresas chinesas, apoiadas pelo Estado, constroem infraestrutura no Irã.