Nova oferta de ações pode melhorar a liquidez da subsidiária
A Cosan anunciou uma oferta pública de ações que deve arrecadar R$ 9,06 bilhões, beneficiando a Raízen, sua subsidiária.
Nesta terça-feira (3), a Cosan (CSAN3) anunciou o preço de sua primeira oferta pública de ações, estabelecido em R$ 5 por ação, o que deve gerar R$ 9,06 bilhões com a emissão de 1,81 bilhão de papéis. A segunda oferta de ações, que pode captar até R$ 1,44 bilhão, também foi confirmada para fortalecer a liquidez da Cosan e de suas controladas, como a Raízen (RAIZ4).
Impacto da nova oferta na Raízen
Esse anúncio é a primeira menção de ajuda à Raízen após a promessa de aporte. O movimento ocorre em meio a notícias de que a Shell está buscando formas de capitalizar a subsidiária. A empresa britânica Lazard foi contratada para auxiliar na estruturação e na redução do endividamento da Raízen, que possui uma relação dívida líquida/Ebitda ajustado de 4,5x no primeiro trimestre da safra 2025/2026, um aumento significativo em relação aos 2,3x do ano anterior.
Crescimento da dívida da Raízen
Atualmente, a dívida líquida da Raízen está em R$ 49,21 bilhões, um aumento de 55,8% comparado ao mesmo período do ano passado. A situação da Raízen levanta preocupações sobre sua capacidade de se manter estável no mercado, especialmente tendo em vista a queda de quase 90% das suas ações desde o IPO.
Alternativas de financiamento
A Shell está considerando diversas alternativas para financiar a Raízen, incluindo um aumento de capital via oferta de ações com desconto e bônus de subscrição para investidores potenciais. No entanto, para essa alternativa, a presença de um sócio estratégico é vista como vital para atrair novos aportes e garantir a estabilidade da empresa no longo prazo.