Marcelo Martins destaca a importância de acordos com a Shell para reestruturação financeira

Cosan enfrenta prejuízo e busca soluções para a estrutura de capital da Raízen, segundo seu CEO Marcelo Martins.

Desafios financeiros da Cosan e a Raízen

A estrutura de capital da Raízen (RAIZ3) tem gerado preocupações significativas para a Cosan (CSAN3), principalmente após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2025. A empresa reportou um prejuízo de R$ 1,1 bilhão, revertendo o lucro de R$ 293 milhões do mesmo período do ano anterior. Segundo o CEO da Cosan, Marcelo Martins, a urgência em encontrar soluções é evidente e as negociações com a Shell estão em andamento.

Negociações com a Shell e a urgência de soluções

Marcelo Martins afirmou: “Nós entendemos sim a urgência de encontrar soluções necessárias para a estrutura de capital da Raízen”. As conversas com a Shell, que controla a Raízen em parceria com a Cosan, estão progredindo, mas ainda não há um acordo finalizado. A necessidade de um entendimento claro entre as partes é crucial para estabilizar a situação financeira da subsidiária. A Raízen tem enfrentado uma queda de 14% em seu Ebitda, que agora está em R$ 3,3 bilhões, refletindo as dificuldades do setor sucroalcooleiro e um aumento no endividamento.

Impactos das ofertas de ações na estrutura da Cosan

Recentemente, a Cosan realizou duas ofertas públicas de ações, a primeira de R$ 9 bilhões e a segunda de R$ 1,4 bilhão. Parte do capital da segunda oferta é destinado à Raízen, mas os termos ainda estão sendo discutidos. Martins declarou que a estrutura para a desalavancagem da companhia ainda não está clara, mas o compromisso de buscar uma solução, possivelmente com uma contribuição de capital, continua.

Resultados do 3T25 e suas implicações

O resultado negativo da Cosan foi amplamente influenciado pela equivalência patrimonial negativa de R$ 482 milhões, com a Raízen sendo a principal responsável pela queda no desempenho consolidado da empresa. Essa situação levanta questões sobre a viabilidade financeira da Raízen e a necessidade urgente de reestruturação. A companhia britânica Shell já indicou que não pretende assumir o controle completo da Raízen, o que complica ainda mais a busca por soluções.

Perspectivas futuras para a Cosan e Raízen

Com a pressão crescente para resolver os problemas financeiros da Raízen, a Cosan se vê diante de um desafio significativo. A interação com a Shell será determinante para definir o futuro da subsidiária e, consequentemente, da holding. A atenção do mercado agora se volta para as próximas etapas das negociações e para os impactos que essas decisões terão na saúde financeira da Cosan e na confiança dos investidores.

A situação atual destaca a complexidade do setor sucroalcooleiro e os desafios que as empresas enfrentam em um ambiente econômico em constante mudança. A Cosan, enquanto busca soluções eficazes, pode encontrar novas oportunidades para consolidar sua posição no mercado.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Agência