A operação visa melhorar a liquidez financeira da holding.
Cosan (CSAN3) vende cerca de 4,96% da Rumo (RAIL3) para reforçar liquidez.
A estratégia de liquidez da Cosan
A recente venda de 4,96% da Rumo (RAIL3) pela Cosan (CSAN3) reflete uma movimentação estratégica que visa a melhoria da liquidez da holding. A operação, que também envolve contratos de derivativos, mantém a exposição econômica da Cosan na ferroviária, totalizando 20,33% de participação direta e 9,94% por meio de instrumentos financeiros.
Um panorama financeiro desafiador
Nos últimos trimestres, a Cosan tem enfrentado um desempenho financeiro pressionado, com um resultado líquido negativo de aproximadamente R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre de 2025. Esse resultado é uma reversão significativa em relação ao lucro de R$ 293 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. A queda na contribuição das controladas e o aumento no custo da dívida foram fatores determinantes para esse cenário adverso.
Aumento da alavancagem e futuro incerto
Além do prejuízo, a alavancagem da Cosan, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, aumentou para cerca de 3,7x, indicando uma pressão adicional sobre a saúde financeira da empresa. A holding também está envolvida em discussões com a Shell sobre uma injeção de capital de R$ 10 bilhões na Raízen (RAIZ4), joint venture que envolve as duas empresas e que pode ser crucial para a recuperação e o crescimento futuro.
O impacto das vendas de participação
A decisão de vender parte da participação na Rumo é um movimento que, embora não altere os direitos políticos da Cosan, mostra um esforço para reestruturar e otimizar a gestão financeira em um cenário de dificuldades. A continuidade de vendas ou reestruturações pode ser uma estratégia a ser observada no futuro, conforme a empresa busca se adaptar às condições desafiadoras do mercado.
A situação da Cosan serve como um alerta sobre a importância da gestão de liquidez em tempos de incerteza econômica.
Fonte: www.moneytimes.com.br



