Análise do banco aponta incertezas e desafios para as companhias.
O JPMorgan reitera recomendação neutra para Cosan e Raízen, destacando incertezas no mercado.
Desempenho das ações em 2026
A análise do JPMorgan sobre Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) revela um cenário desafiador para ambas as empresas em 2026. Com a alavancagem financeira em alta e a taxa de juros se mantendo em 15% ao longo do ano, os resultados não têm atendido às expectativas dos investidores. A recomendação neutra do banco reflete a incerteza em torno das estratégias adotadas pelas companhias, que buscam soluções para melhorar sua performance no mercado.
Cenário atual e incertezas
A Cosan está passando por um processo de capitalização, com o BTG Pactual e a Perfin se envolvendo em um acordo para injeção de capital. Por outro lado, a Raízen ainda não definiu sua estratégia, o que levanta preocupações sobre sua capacidade de recuperação. O JPMorgan observa que o desempenho das ações está intimamente ligado a eventos futuros, como possíveis fusões ou aquisições, e que a falta de visibilidade sobre esses desdobramentos é um fator crítico.
Pressões no mercado de açúcar e etanol
Embora o JPMorgan tenha um olhar mais otimista para os negócios de concessões de gás e distribuição de combustíveis, o mercado de açúcar e etanol continua sendo pressionado. A Raízen, atualmente negociada como uma penny stock, precisa apresentar um plano para elevar seu preço acima de R$ 1, o que é essencial para sua sobrevivência no mercado. As expectativas de preços mais fracos para esses produtos, somadas à elevada alavancagem, tornam o futuro da Raízen incerto.
A importância das parcerias
As parcerias com instituições como o BTG Pactual são vistas como um passo positivo, contribuindo para uma governança mais robusta na holding. No entanto, a necessidade contínua de capitalização pesa sobre o sentimento dos investidores, e o JPMorgan projeta que o aumento de capital pode ser necessário para que a Raízen retorne a níveis mais saudáveis de alavancagem.
Perspectivas e oportunidades
Apesar das dificuldades, o JPMorgan aponta para uma profunda transformação operacional na Raízen, que poderá gerar economias significativas. A recuperação das margens e volumes no setor de distribuição de combustíveis pode fornecer algum alívio, especialmente se o governo intensificar o combate à sonegação fiscal. A companhia está ativamente buscando alternativas para aumentar seu capital, o que pode ser crucial para sua recuperação a longo prazo.
Em suma, tanto Cosan quanto Raízen enfrentam um futuro incerto, e a capacidade de se adaptarem às condições do mercado e às suas próprias estruturas financeiras será determinante para sua performance nos próximos anos.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Money Times



