Técnico fala sobre a necessidade de apoio psicológico aos jogadores
Fernando Diniz revelou que Coutinho quis parar de jogar e criticou a forma como jogadores são tratados no Brasil. Ele defende uma revolução psicossocial no futebol.
Na terça-feira (5), durante o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado no Brasil, Fernando Diniz compartilhou que Philippe Coutinho, jogador do Vasco, expressou o desejo de parar de jogar. O técnico criticou a cultura que envolve os jogadores e sugeriu que o Brasil precisa de uma revolução psicossocial, ao invés de apenas uma abordagem tática.
A luta por apoio emocional
Diniz afirmou que a prioridade deve ser o bem-estar dos atletas, que frequentemente enfrentam pressões intensas desde jovens. Ele destacou que muitos jogadores vêm de situações desfavorecidas e precisam de suporte além do treinamento técnico. “Os jogadores estão carentes de quem cuide deles”, disse Diniz, sublinhando a necessidade de um olhar mais cuidadoso sobre suas histórias de vida e desafios pessoais.
O papel do treinador
O técnico ressaltou que ser treinador vai muito além de conquistar títulos. Para ele, a verdadeira missão é ajudar a transformar vidas e oferecer apoio psicológico aos jogadores. “O que eu persigo a vida inteira é mudar a vida de um John Kennedy, de um Rayan e gente desse tipo”, declarou. Diniz enfatizou a importância de criar um ambiente onde os jogadores possam se sentir seguros e confiantes, pois a confiança é fundamental para o desempenho em campo.
A crítica ao tratamento dos jogadores
Diniz também criticou a forma como os treinadores brasileiros são frequentemente desvalorizados em comparação aos estrangeiros. Para ele, a mudança de mentalidade é essencial para fortalecer o futebol nacional. Ele acredita que o foco deve estar em educar e apoiar os atletas, e não apenas em resultados imediatos. “Estamos indo por um caminho errado. A revolução no Brasil é mais psicossocial do que um programa tático, técnico e físico”, concluiu.