CPI do Crime critica PEC de Lula e propõe ouvir governadores

Pedro França/Agência Senado

Senador Alessandro Vieira aponta ineficácia da proposta de emenda à Constituição

O senador Alessandro Vieira criticou a PEC de Segurança Pública e propôs ouvir governadores na CPI do Crime Organizado, que começa na próxima terça-feira.

No dia 2 de novembro de 2025, em Brasília, o senador e provável relator da CPI do Crime Organizado, Alessandro Vieira (MDB-SE), afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública é ineficaz e uma “resposta de gabinete” ao problema nacional. A CPI começará seus trabalhos na próxima terça-feira (4), em meio à crise no Rio de Janeiro, onde uma megaoperação contra o Comando Vermelho resultou em pelo menos 121 mortos.

Críticas à PEC e propostas de depoimentos

Vieira, ex-delegado da Polícia, é o favorito para relatar o parecer final da comissão. Ele argumenta que o governo e a cúpula do Congresso estão tentando solução para a PEC em meio à crise no Rio de Janeiro. Para ele, o Brasil “nunca teve um plano de segurança efetivo”, e a PEC não é necessária para que a Polícia Federal atue contra facções. O senador já preparou requerimentos de depoimentos de autoridades, incluindo o governador Cláudio Castro e seus secretários, buscando ouvir também governadores de estados com as piores condições de segurança.

O cenário da violência no Rio de Janeiro

Vieira destacou que o problema da violência no Rio é resultado de décadas de omissão e corrupção. Ele enfatizou a importância de discutir a situação com tranquilidade, afastando discussões eleitoreiras e focando em soluções práticas. Para ele, a CPI deve ser um espaço para discussões racionais sobre o combate à violência e à criminalidade organizada.

Próximos passos da CPI

A PEC 18/2025 atualmente tramita na Câmara dos Deputados e deve ser votada no início de dezembro. A expectativa é que a proposta siga em regime de urgência para o plenário. Vieira acredita que a CPI será fundamental para contribuir com o texto final da PEC, ajustando-a para que atenda efetivamente às necessidades de segurança do Brasil.

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