A disputa por posições estratégicas na nova comissão do Senado
A CPI do Crime Organizado no Senado inicia na próxima semana com ex-delegados disputando cargos principais.
A CPI do Crime Organizado no Senado Federal deverá iniciar seus trabalhos na próxima semana, com a disputas por posições estratégicas na comissão. A informação é da analista Isabel Mega, no CNN Novo Dia. Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do pedido de instalação da CPI, e Fabiano Contarato (PT-ES) emergem como principais nomes para funções-chave no colegiado, refletindo a urgência nas discussões sobre segurança pública, especialmente após recentes desdobramentos no Rio de Janeiro.
Contexto político da CPI
A decisão de instalar a CPI foi determinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em resposta ao aumento da violência e insegurança no país. A instalação da CPI representa uma mudança de postura do Senado, que vinha resistindo à abertura de novas comissões após a CPMI do 8 de Janeiro. Essa nova comissão busca consolidar o protagonismo do Senado nas discussões sobre segurança pública, tradicionalmente dominadas pela Câmara dos Deputados.
Funções na comissão
Enquanto Vieira manifesta interesse em assumir a relatoria da comissão, Contarato surge como possível presidente, com o apoio de sua bancada. Ambos compartilham um histórico profissional como delegados, o que é considerado relevante para a condução dos trabalhos. A definição das funções deve ocorrer por meio de acordos entre as bancadas, mas surpresas de última hora não estão descartadas, como já ocorreu em outras ocasiões.
Desdobramentos e resistências
Além disso, existe uma articulação para a criação de uma CPMI sobre o tema, que incluiria deputados e senadores. No entanto, essa proposta enfrenta resistências, principalmente devido à possível sobreposição com a CPI do Senado. O cenário político polarizado pode transformar a CPI em mais um palco de disputas narrativas, especialmente com a proximidade do período eleitoral.