CPI do Crime Organizado inicia atividades com expectativa de crescimento

m colorida presidente e relator da CPI do Crime Organizado

Embora o começo tenha sido discreto, senadores acreditam que a CPI ganhará força em breve

CPI do Crime Organizado teve início discreto, mas senadores estão otimistas quanto ao futuro das discussões.

CPI do Crime Organizado inicia atividades em meio a um cenário político desafiador

A CPI do Crime Organizado começou suas atividades no Senado em 20 de novembro de 2025, em um momento atípico, marcado pelo feriado prolongado e com pouco movimento no Congresso. Essa circunstância fez com que a estreia da comissão fosse discreta. No entanto, senadores demonstram otimismo, acreditando que a CPI ganhará tração nas próximas semanas, especialmente com a segurança pública se tornando um tema central nas discussões eleitorais de 2026.

Contexto da criação da CPI

A instalação da CPI foi impulsionada por uma megaoperação realizada no Rio de Janeiro, que teve como alvo o Comando Vermelho. Essa operação evidenciou a intensa disputa por controle territorial no estado e gerou pressão para que o Senado abordasse a questão do crime organizado. A expectativa é que, conforme o calendário eleitoral se aproxime, o tema da segurança pública ganhe ainda mais relevância nas pautas do Senado.

Desafios enfrentados no início das atividades

Um dos fatores que contribuíram para a estreia morna da CPI foi o agendamento de suas oitivas coincidir com a CPMI do INSS. Além disso, o feriado prolongado resultou em um Congresso esvaziado, o que afetou a participação dos senadores. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), enfatizou que a agenda de combate à violência será central nas discussões do próximo ano, expressando confiança nos resultados que a CPI poderá trazer.

Expectativas para os próximos passos da CPI

Os senadores já discutem o foco das atividades da CPI, com algumas vozes defendendo que a comissão avance para casos concretos e convoque indivíduos diretamente ligados ao crime organizado. O relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), propôs ouvir TH Joias, ex-deputado do Rio de Janeiro, investigado pela PF. Essa proposta está em linha com o desejo de levar as discussões para uma perspectiva mais prática e realista.

Foco nas oitivas e nas operações da Polícia Federal

Durante as oitivas, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, abordou a importância de diferenciar entre terrorismo e crime organizado, destacando que essa distinção é crucial para a atuação das autoridades. Ele também apresentou dados sobre as investigações em andamento e a estratégia da PF para desarticular as facções criminosas. Além disso, a CPI recebeu o diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, que detalhou o cenário do sistema prisional brasileiro, evidenciando um déficit carcerário de 40%.

Projeções para o futuro da CPI

Nos próximos dias, espera-se que a CPI entre em uma fase mais dinâmica, com a previsão de que governadores sejam ouvidos já na primeira semana de dezembro. Essa movimentação deve ampliar o alcance político da comissão e trazer diagnósticos regionais sobre o avanço das facções e o impacto sobre as polícias estaduais. A expectativa é que, com o avanço das discussões, a CPI do Crime Organizado se torne um dos principais tópicos no debate político, especialmente conforme a segurança pública se tornará um tema cada vez mais urgente na sociedade brasileira.

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