CPI do Crime Organizado planeja ouvir governadores em dezembro

Comissão Parlamentar de Inquérito avança em investigações sobre segurança pública

CPI do Crime Organizado no Senado ouvirá governadores e secretários de Segurança Pública a partir de dezembro.

CPI do Crime Organizado avança nas investigações sobre segurança pública

A CPI do Crime Organizado, estabelecida no Senado, dará início às oitivas com governadores e secretários de Segurança Pública a partir da primeira semana de dezembro. Essa decisão surge após a instalação da comissão, que teve seu primeiro ato na semana passada, ouvindo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. A CPI foi criada em resposta a uma série de eventos que evidenciaram a necessidade de uma abordagem mais rigorosa no combate ao crime organizado no Brasil.

Convidados para as audiências da CPI

Ao todo, 22 autoridades de 11 estados foram convidadas para depor. A lista inclui governadores e secretários de Segurança Pública, como:

  • Amapá: Clécio Luís (Governador), Cézar Vieira (Secretário de Justiça e Segurança Pública).
  • Bahia: Jerônimo Rodrigues (Governador), Marcelo Werner Derschum Filho (Secretário de Segurança Pública).
  • Pernambuco: Raquel Lyra (Governadora), Alessandro Carvalho Liberato de Mattos (Secretário de Defesa Social).
  • Ceará: Elmano de Freitas (Governador), Antonio Roberto Cesário de Sá (Secretário de Segurança Pública e Defesa Social).
  • Alagoas: Paulo Dantas (Governador), Flávio Saraiva (Secretário de Segurança Pública).
  • Santa Catarina: Jorginho Melo (Governador), Flávio Rogério Pereira Graff (Secretário de Segurança Pública).
  • Paraná: Ratinho Júnior (Governador), Hudson Leôncio Teixeira (Secretário de Segurança Pública).
  • Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (Governador), Mario Ikeda (Secretário de Segurança Pública).
  • Distrito Federal: Ibaneis Rocha (Governador), Sandro Torres Avelar (Secretário de Segurança Pública).

A ordem das oitivas será definida pelo presidente da CPI e pelo relator, Alessandro Vieira (MDB-SE).

Contexto das investigações

A CPI foi motivada por uma megaoperação que ocorreu no Rio de Janeiro no final de outubro, destinada a combater o Comando Vermelho nos Complexos da Penha e do Alemão. Esta operação resultou na morte de 121 pessoas, levantando críticas sobre a condução das forças de segurança e a eficácia das políticas públicas na área de segurança. A instalação da comissão se deu logo após um intenso debate público sobre esses eventos, refletindo a urgência de tratar as questões de segurança no Brasil.

No dia 19 de novembro, a CMP ouviu também Antônio Glautter de Azevedo Morais, diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), que discutiu os desafios do déficit carcerário, que atualmente gira em torno de 40%.

Na véspera, Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, fez uma defesa contra a equiparação do crime organizado ao terrorismo, apresentando seus pontos de vista sobre as diferenças entre esses fenômenos. A CPI promete ser um espaço crucial para debater as estratégias e políticas de segurança pública no país, buscando respostas efetivas para os problemas que afligem a sociedade brasileira.

Mantenha-se informado sobre as últimas notícias do Brasil, inscrevendo-se em nossos canais de comunicação disponíveis no WhatsApp e no Telegram.

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: