Investigação poderá envolver ministro do STF e valores altos.
Senador busca assinaturas para investigar contrato do Banco Master com escritório de esposa de Moraes.
O cenário político brasileiro se agita com a proposta do senador Alessandro Vieira (MDB) de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um contrato controverso de R$ 129 milhões entre o Banco Master e o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A declaração foi feita pelo senador em suas redes sociais, onde ressaltou a gravidade das denúncias e a necessidade de uma apuração rigorosa.
O que está em jogo
O contrato em questão, que foi assinado em janeiro de 2024, estabelece um pagamento de R$ 3,6 milhões mensais ao escritório da advogada, com o total podendo alcançar até R$ 129 milhões até o início de 2027. As suspeitas são de que o ministro teria influenciado decisões do Banco Central para favorecer a instituição financeira, levantando questões éticas sobre sua atuação como magistrado. Vieira enfatizou que se as acusações forem confirmadas, elas seriam incompatíveis com os deveres de um juiz.
Denúncias e evidências
As alegações ganharam força após uma reportagem da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, que revelou que Moraes teria feito contatos diretos com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para pressionar por aprovações favoráveis ao Banco Master. De acordo com as fontes da colunista, foram realizados múltiplos contatos e uma reunião entre Moraes e Galípolo, onde o ministro teria solicitado a aprovação da compra do Banco Master pelo BRB, que estava pendente de autorização.
Implicações para o Banco Master
A situação do Banco Master é ainda mais complicada, considerando que seu controlador, Daniel Vorcaro, foi preso em novembro sob suspeitas de crimes financeiros. Ele, assim como outros executivos do banco, está sendo investigado pela Polícia Federal. As investigações sobre o banco, que já estavam em andamento, foram intensificadas após a determinação do ministro Dias Toffoli, que ordenou a continuidade das apurações e a coleta de depoimentos de executivos envolvidos.
Um chamado à ação
Com a promessa de coletar assinaturas para a CPI após o recesso, Vieira está mobilizando apoio político para dar continuidade a essa investigação. A proposta visa não apenas investigar o contrato, mas também esclarecer a relação entre o ministro do STF e o Banco Master, buscando garantir que a ética na atuação pública seja respeitada. A sociedade aguarda ansiosamente por desdobramentos dessa situação que, se confirmadas as suspeitas, poderá ter grandes repercussões no cenário político e jurídico do país.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Julgamento Jair Bolsonaro



