CPMI ouve ex-diretor do INSS suspeito de receber R$ 2 milhões

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito investiga esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados

A CPMI do INSS ouve ex-diretor Alexandre Guimarães, suspeito de receber R$ 2 milhões em esquema de fraudes.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS realiza, nesta segunda-feira (27/10), a oitiva do ex-diretor de Governança do instituto, Alexandre Guimarães. O advogado integrou o órgão entre 2021 e 2023 e é alvo de investigações da Polícia Federal sobre um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios de aposentados.

O escândalo do INSS

Guimarães, economista e servidor público de carreira, foi nomeado diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS durante o governo de Jair Bolsonaro e deixou o cargo no início da atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. As reportagens do Metrópoles revelaram que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados disparou, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações enfrentam milhares de processos por fraudes.

Investigações e consequências

As reportagens levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal e contribuíram para as apurações da Controladoria-Geral da União. Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano, que resultou na demissão do presidente do INSS e do então ministro da Previdência.

Pagamentos suspeitos

Segundo as investigações, Guimarães recebeu R$ 2 milhões de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS”, preso pela PF. O pagamento foi feito através das empresas Brasília Consultoria, de Antunes, e Vênus Consultoria, de Guimarães. Além disso, entre março e maio de 2023, Guimarães teria recebido R$ 313,2 mil de Antunes.

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