Entenda as mudanças nas regras de concessão de crédito rural e seus prazos.
O CMN aprova mudanças importantes nas normas de crédito rural, com foco em critérios socioambientais e novos prazos.
O cenário do crédito rural no Brasil passa por um importante processo de reformulação com as novas diretrizes aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2025. Essas mudanças não apenas visam a eficiência econômica, mas também incorporam uma perspectiva ambiental cada vez mais necessária no contexto atual.
O impacto das normas ambientais na concessão de crédito
As novas normas, que foram anunciadas no último mês, têm como objetivo principal a integração de critérios socioambientais nos processos de concessão de crédito rural. Essa decisão surge em um momento em que a sustentabilidade se torna um tema central nas políticas públicas e nas práticas do setor agropecuário. O CMN estabeleceu que as instituições financeiras devem verificar se propriedades com área superior a quatro módulos fiscais não têm histórico de desmatamento ilegal de vegetação nativa após 31 de julho de 2019. Essa exigência foi adiada para abril de 2026, enquanto os agricultores familiares e imóveis menores terão até janeiro de 2027 para se adequar.
Medidas para atender agricultores afetados
Além das normas ambientais, o CMN também atualizou sua Resolução nº 5.247, que trata da linha de crédito para a liquidação ou amortização de dívidas de produtores rurais que enfrentaram perdas significativas devido a eventos climáticos adversos. Essa medida é crucial para ajudar agricultores que precisam renegociar suas operações de crédito, especialmente aquelas que foram contratadas após a safra 2024/2025. Com a inclusão das diretrizes baseadas na Medida Provisória nº 1.328, as instituições poderão facilitar a liquidação de operações de custeio que estejam inadimplentes desde julho do ano passado até a data recente de anúncio.
O papel do CMN e suas diretrizes futuras
Presidido pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e composto por membros importantes como a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o CMN assume um papel fundamental na regulação e no direcionamento do crédito rural no Brasil. As novas normas não apenas buscam atender a demandas de sustentabilidade, mas também almejam criar um ambiente de financiamento mais robusto e seguro para os produtores rurais, assegurando que as dificuldades enfrentadas por muitos não sejam um obstáculo para o desenvolvimento do setor agropecuário.
Em suma, as mudanças nas normas de crédito rural em 2025 refletem uma evolução necessária no setor, reconhecendo a importância da responsabilidade socioambiental e a necessidade de suporte aos agricultores em momentos de crise.
Fonte: www.moneytimes.com.br



