Análise sobre as novas receitas e tendências fiscais no Brasil.
A arrecadação tributária brasileira apresenta crescimento significativo, com novas medidas previstas para 2026.
O crescimento da arrecadação tributária no Brasil até novembro de 2025 tem sido notável, com praticamente todos os impostos apresentando elevações em suas receitas. Segundo dados da Receita Federal, a arrecadação de tributos como os sobre residentes no exterior, pessoa jurídica e operações financeiras mostrou um desempenho otimista, evidenciando uma recuperação econômica em várias frentes.
O cenário atual da arrecadação
Entre os tributos que se destacam, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) teve um aumento robusto de 19,88%, resultando em uma arrecadação de R$ 77,5 bilhões, em comparação com R$ 64,7 bilhões do ano anterior. Este crescimento é reflexo do aumento nas taxas de juros e da recuperação do mercado financeiro, onde o rendimento dos fundos de renda fixa também se beneficiou. Outros tributos, como o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), também apresentaram crescimento, embora de forma mais modesta, com uma alta de cerca de 3%.
Novas receitas previstas para 2026
O governo brasileiro já se prepara para implementar novas fontes de receita a partir de 2026. Entre as mudanças, destacam-se a tributação sobre fintechs e apostas online, que devem gerar uma arrecadação significativa. A expectativa é de que a contribuição das fintechs aumente de 9% para 15% ao longo dos próximos anos, enquanto as apostas online passarão a ter uma alíquota de 18% sobre a receita bruta de jogos, uma alta considerável em relação aos 12% atuais. Essas alterações visam não apenas aumentar a arrecadação, mas também equilibrar a carga tributária entre os diferentes setores econômicos.
Impacto das novas alíquotas e expectativas futuras
A implementação dessas novas taxas é parte de um esforço maior do governo para reestruturar a tributação e garantir que setores emergentes como o de fintechs e jogos contribuam de forma justa. A previsão é de que essas mudanças possam resultar em uma arrecadação adicional de R$ 22,45 bilhões em 2026, levando em consideração as estimativas da Câmara dos Deputados.
Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, a expectativa é que a trajetória da arrecadação siga a atividade econômica, refletindo um alinhamento positivo entre crescimento econômico e receitas fiscais. Essa aderência será crucial para as projeções orçamentárias e para a sustentabilidade fiscal do país nos anos seguintes.
À medida que as novas legislações entram em vigor e a economia continua a se adaptar, o governo deve monitorar de perto os efeitos dessas mudanças, ajustando as estratégias fiscais conforme necessário para garantir um ambiente econômico saudável e justo para todos os cidadãos brasileiros.
Fonte: www.moneytimes.com.br



