A Universidade de São Paulo (USP) demonstra preocupação com as possíveis implicações de uma eventual exposição reputacional ligada à Lei Magnitsky. A medida, que visa punir indivíduos acusados de violações de direitos humanos e corrupção, pode gerar efeitos colaterais para a instituição acadêmica.
A preocupação central reside na possibilidade de que parceiros internacionais da USP, diante de tal cenário, adotem medidas preventivas para evitar associações com indivíduos ou entidades sob escrutínio da legislação em questão. Essa precaução, compreensivelmente motivada pela busca em manter a própria integridade e reputação, poderia impactar negativamente as colaborações e projetos em andamento entre a USP e universidades estrangeiras, centros de pesquisa e outras instituições.
A Lei Magnitsky, originalmente concebida para sancionar autoridades russas envolvidas na morte do auditor fiscal Sergei Magnitsky, expandiu-se ao longo do tempo para abranger indivíduos de outras nacionalidades, representando uma ferramenta para combater abusos de poder e garantir a responsabilização por atos ilícitos. A simples menção do nome de Alexandre de Moraes em contextos relacionados à lei, mesmo que não resulte em sanções diretas, poderia ser suficiente para gerar apreensão entre os parceiros da universidade.
As possíveis consequências para a USP incluem a suspensão ou cancelamento de projetos de pesquisa conjuntos, dificuldades na obtenção de financiamento internacional e restrições à participação de pesquisadores da universidade em eventos e publicações acadêmicas. A universidade, ciente desses riscos, acompanha de perto o desenrolar da situação, buscando mitigar os potenciais impactos negativos em suas atividades. A prioridade é preservar a qualidade de suas parcerias internacionais, a excelência em pesquisa e o compromisso com a liberdade acadêmica.