A alta aprovação do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), tem causado desconforto em setores ligados ao ex-prefeito Rafael Greca (PSD). Pimentel alcançou 80,5% de aprovação em levantamento recente, um dos índices mais altos do país para um gestor com oito meses de mandato.

Segundo avaliações de marqueteiros, o eleitorado curitibano parece ter rapidamente se distanciado da imagem de Rafael Greca, atribuindo a Eduardo Pimentel uma postura mais atuante e uma visão considerada mais moderna para a cidade.

Nos bastidores políticos, deputados estaduais e federais comentam sobre as ambições de Rafael Greca, que cogitaria concorrer novamente nas urnas em 2028, caso não consiga viabilizar uma candidatura ao governo do Paraná em 2026.

A concretização de uma candidatura ao Palácio Iguaçu, entretanto, enfrenta obstáculos. O partido Progressistas, antes considerado um possível abrigo para Greca, integra agora a Federação União Progressista, que deve lançar o senador Sergio Moro (UB) como candidato ao governo paranaense.

Outra alternativa seria o PSB, mas a legenda pode vir a ser liderada pelo deputado federal Beto Richa (PSDB), que, segundo informações, considera Rafael Greca um nome difícil de aceitar e poderia inviabilizar seus planos eleitorais.

A última possibilidade para o ex-prefeito seria buscar abrigo em um partido menor, mas sem o apoio do governador, ao contrário do que ocorreu em 2016, quando Beto Richa apoiou sua candidatura à prefeitura. A ausência desse apoio poderia dificultar suas chances de alcançar o governo do estado.