A possível redução na participação da COP30 devido aos altos preços de hotéis em Belém é motivo de grande preocupação, conforme alertou o presidente da conferência, André Aranha Corrêa do Lago. O embaixador expressou seu temor durante um evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), ressaltando o impacto negativo que essa situação pode ter no evento climático. A declaração acende um alerta sobre a necessidade de medidas urgentes para garantir a inclusão de todas as delegações.
Corrêa do Lago enfatizou que o governo federal está empenhado em encontrar soluções para mitigar os custos de hospedagem. “O governo está fazendo o que é possível, o governo do estado está fazendo o que é possível. Vamos ver onde é que a gente chega”, declarou o presidente da COP30, demonstrando o esforço conjunto para evitar um cenário desfavorável à conferência. A colaboração entre diferentes esferas governamentais é vista como crucial para o sucesso do evento.
A realização da COP30 em Belém, capital do Pará, tem gerado debates acalorados, especialmente em relação aos preços praticados pelos hotéis. A conferência da ONU, agendada para novembro, enfrenta o desafio de garantir acomodações acessíveis para todos os participantes. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou uma força-tarefa para auxiliar países com menos recursos, demonstrando o compromisso do Brasil com a inclusão na agenda climática.
O governo brasileiro espera que a ONU aumente o subsídio para acomodações, atualmente fixado em US$ 144 por diária. A proposta é elevar esse valor para US$ 250, alinhando-se com os custos de outras cidades brasileiras. A medida visa facilitar a participação de um número maior de delegações e garantir a representatividade de diferentes países na discussão sobre as mudanças climáticas.
Enquanto a questão da hospedagem ganha destaque, a COP30 tem como objetivo central a discussão da agenda climática e a busca por soluções para conter o avanço das mudanças climáticas. André Corrêa do Lago informou que o Mapa do Caminho de Baku, sede da COP29 no Azerbaijão, com novas iniciativas de financiamento, deve ser entregue a Belém até outubro, totalizando US$ 1,3 trilhão. “Estamos recebendo muitas contribuições e devemos apresentar no final de outubro”, concluiu.