Dados alarmantes sobre meninas que deram à luz na Bahia

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Cerca de 6 mil meninas de até 14 anos foram vítimas de estupro na Bahia

Cerca de 6 mil meninas de até 14 anos deram à luz na Bahia, todas vítimas de estupro.

Dados alarmantes sobre meninas de até 14 anos na Bahia

Cerca de 6 mil meninas de até 14 anos deram à luz na Bahia entre 2021 e 2025, todas vítimas de estupro, conforme apontam dados oficiais. Essa situação dramática destaca a gravidade da violência sexual em relação a essa faixa etária, uma vez que a legislação brasileira considera que não há consentimento para qualquer atividade sexual com menores de 14 anos. Apesar desse número alarmante, o registro oficial de violência sexual nessa faixa etária é de pouco mais de 3,9 mil casos, o que sugere que a maioria das vítimas não é reconhecida como tal ou sequer sabe que foi violada.

Falhas no atendimento às vítimas

O preocupante cenário revela que muitas meninas não recebem o suporte necessário após serem vítimas de estupro. A Secretaria do Estado da Bahia (Sesab) informa que, em cinco anos, apenas 55 crianças conseguiram realizar o aborto legal, representando apenas 0,92% do total de meninas que engravidaram. Isso demonstra que, além da violência em si, há uma falha significativa na rede de proteção às crianças e adolescentes, que deveria garantir acesso a cuidados médicos e psicológicos.

Acesso ao aborto legal

O acesso ao aborto legal é um direito garantido a vítimas de estupro, mas, na prática, esse direito é pouco exercido. O número de casos de meninas que conseguiram realizar o procedimento é alarmantemente baixo, evidenciando uma barreira não só na legislação, mas também nas estruturas de atendimento que deveriam apoiar essas vítimas. O fato de que a maioria das meninas não tem acesso a informações e serviços de saúde adequados contribui ainda mais para a perpetuação desse ciclo de violência.

A necessidade de uma resposta efetiva

É urgente que as autoridades adotem medidas efetivas para proteger as meninas e garantir que tenham acesso a serviços de saúde e apoio psicológico. A situação atual não pode ser ignorada, e é fundamental que a sociedade civil, junto com o governo, se mobilize para criar um ambiente seguro e acolhedor para essas crianças. A sensibilização e a educação sobre os direitos das crianças são essenciais para que mais meninas possam reconhecer a violência e buscar ajuda.

Conclusão

Os dados sobre meninas de até 14 anos que deram à luz na Bahia são alarmantes e refletem uma crise de proteção infantil no estado. É vital que a sociedade se una em torno da causa e exija ações concretas para mudar essa realidade, garantindo que todas as crianças tenham o direito de crescer em um ambiente seguro.

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