Cabeleireira pede para comparecer à Câmara dos Deputados após condenação
Débora do Batom pede ao STF autorização para depor na Câmara sobre os eventos de 8 de janeiro.
Débora do Batom pede autorização para depor na Câmara dos Deputados
Em um movimento surpreendente, a cabeleireira Débora Rodrigues, a famosa “Débora do Batom”, solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, permissão para viajar a Brasília e comparecer a uma audiência na Câmara dos Deputados, relacionada aos eventos do 8 de janeiro. O pedido foi formalizado na tarde desta segunda-feira, 8 de dezembro, pelos advogados de Débora, que alegam que ela foi convocada para prestar depoimento presencialmente na capital federal, após receber um convite do deputado Coronel Meira (PL-PE).
Contexto da condenação de Débora do Batom
Débora do Batom foi condenada a 14 anos de prisão por sua participação nos atos violentos de 8 de janeiro, onde, entre outras ações, vandalizou a estátua da Justiça com um batom, uma provocação que se tornou emblemática. Ela cumpre atualmente pena em regime domiciliar, supervisionada por tornozeleira eletrônica. Sua liberdade foi concedida em resposta a um pedido de saúde, após a cabeleireira ter enfrentado problemas de saúde, incluindo uma infecção urinária que a levou a um hospital.
Solicitação de audiência e possíveis precedentes
Os advogados de Débora argumentam que ela deve ter o mesmo direito de comparecer à audiência que outros presos políticos já tiveram. Em seu requerimento, citam o caso de Fernandinho Beira-Mar, um ex-chefe do Comando Vermelho, que também obteve autorização judicial para participar de uma audiência na Câmara em 2001. A defesa de Débora reforça que direitos humanos devem ser garantidos a todos, independentemente de circunstâncias ideológicas.
Expectativas e reações
Claudia, irmã de Débora, expressou esperança por uma decisão favorável do ministro Moraes. O requerimento ressalta que a comissão da Câmara que Débora deseja visitar se destina a discutir a situação dos presos políticos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Se autorizado, Débora partiria de Paulínia (SP) em 10 de dezembro e retornaria um dia depois, indicando a urgência de sua solicitação.
Monitoramento e possíveis violações
Recentemente, Débora teve um desvio em sua monitorização ao se deslocar para o hospital, o que levantou preocupações sobre sua adesão às regras de cumprimento de pena. O relatório encaminhado ao STF referiu-se a uma violação de sua área de residência, um fator que poderia influenciar a decisão de Moraes sobre o pedido de audiência. O caso de Débora do Batom continua a atrair atenção, não apenas pela sua notoriedade nas redes sociais, mas também pela implicação de temas mais amplos relacionados a direitos humanos e justiça no Brasil.


