A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, de tornar facultativo o depoimento de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, na CPMI do INSS, gerou forte reação e críticas acaloradas por parte de parlamentares da base bolsonarista. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), expressou seu descontentamento, defendendo as prerrogativas do colegiado e alinhando-se à oposição na busca por limitar decisões monocráticas.
A insatisfação com a decisão de Mendonça ecoou entre congressistas aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O deputado Zé Trovão (PL-SC) classificou a atitude do ministro como um “pisão na bola feio”, enquanto o senador Marcos Rogério (PL-RR) sugeriu que Carlos Viana apresente uma ação para levar a decisão ao debate no colegiado. O clima de tensão na CPMI se intensifica diante do impasse.
Magno Malta (PL-ES) engrossou o coro das críticas, argumentando que “quem é evangélico deveria ter empatia com as milhares de pessoas roubadas” no suposto esquema de desvios liderado por Antunes. O senador ainda insinuou que Mendonça estaria alheio ao sofrimento das vítimas, sugerindo que ele “deve estar assistindo agente da TV zombando e rindo da gente”.
Diante do impasse, o presidente da CPMI, Carlos Viana, anunciou que pretende impetrar um mandado de segurança ainda hoje. O objetivo é contestar a decisão de Mendonça, buscando reverter a dispensa do depoimento de Antonio Carlos Camilo Antunes e garantir a continuidade das investigações na comissão. A expectativa é de que a medida judicial intensifique ainda mais o debate em torno do caso.