Procuradores expressam preocupação com a supressão de fatos sobre o ataque ao Capitólio
A decisão do DOJ de remover referências a Donald Trump e ao ataque de 6 de janeiro em documentos judiciais levanta preocupações entre procuradores.
Em 30 de outubro de 2025, a decisão do Departamento de Justiça (DOJ) de remover menções a Donald Trump e ao ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de documentos judiciais relacionados ao caso de Taylor Taranto está gerando preocupações entre procuradores atuais e ex-procuradores. O caso, que envolve um rioter que foi perdoado, revela um esforço de ‘branquear a história’ que muitos consideram alarmante.
O caso de Taylor Taranto
Taranto foi condenado por trazer armas ilegais perto da residência do ex-presidente Barack Obama, após um comportamento ameaçador em redes sociais. Ele foi detido em junho de 2023 e estava no radar das autoridades por sua participação no ataque ao Capitólio, embora não tenha sido condenado por isso devido ao perdão concedido por Trump. O juiz Carl Nichols, indicado por Trump, o condenou por crimes relacionados a armas e por fazer ameaças falsas. Em um memorando de sentença, os procuradores mencionaram que Taranto havia repostado informações de Trump relacionadas a Obama antes de suas ações perigosas.
Mudanças controversas no documento
Após a divulgação do memorando de sentença, a versão original foi retirada rapidamente do registro judicial, e os procuradores Carlos Valdivia e Samuel White foram suspensos. Em uma nova versão, todas as referências a Trump e ao ataque de 6 de janeiro foram eliminadas. Essa mudança foi considerada ‘Orwelliana’ por muitos dentro do DOJ, levando a um clima de incerteza entre os funcionários da Procuradoria dos EUA em Washington, DC.
Reações e implicações
A ex-procuradora Stacey Young expressou sua indignação, afirmando que é chocante que procuradores tenham sido suspensos por relatar fatos relevantes para o caso. A ação do DOJ ocorre em um momento em que muitos procuradores estão sendo removidos, levantando questões sobre a politicização da justiça. A defesa de Taranto pede que ele seja sentenciado apenas pelo tempo já cumprido, enquanto os procuradores buscam a pena original de 27 meses. A situação destaca o delicado equilíbrio entre política e justiça no atual clima político dos EUA.